O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um raro discurso aos norte-americanos desde o Salão Oval para sustentar seu pedido ao Congresso para que financie as guerras da Ucrânia contra a Rússia e de Israel contra o Hamas.
Ele não mencionou o valor.
Te podría interesar
A estimativa é de que o democrata pedirá U$ 100 bilhões ao Congresso para financiar as duas guerras.
Em ano pré-eleitoral, Biden chegou a mencionar que as armas fornecidas pelos Estados Unidos a aliados serão produzidas em estados como Arizona, Pensilvânia, Ohio e Texas.
Os quatro estados são decisivos para a tentativa de reeleição de Biden em 2024.
Ele disse que os terroristas do Hamas e o tirano Putin representam ameaças paralelas aos interesses norte-americanos: ambos seriam ameaças a democracias vizinhas.
Biden citou o Irã como apoiador de ambos.
Teerã é um tradicional espantalho usado para convencer a opinião pública dos Estados Unidos.
Semanas atrás, o governo Biden liberou U$ 6 bilhões bloqueados de Teerã em troca da libertação de norte-americanos presos no Irã.
O dinheiro, mantido no Catar, ainda não foi entregue.
UCRÂNIA A CAMINHO DA VITÓRIA
O presidente dos Estados Unidos sustentou que a Ucrânia já reconquistou metade do território originalmente ocupado pela Rússia.
É uma tentativa de se opor ao noticiário segundo o qual a contraofensiva do governo Zelensky contra os russos fracassou.
Biden disse que, no Oriente Médio, apoia a solução dos dois estados.
Assumiu para si o patrocínio de ajuda humanitária aos palestinos e condenou o antissemitismo e a islamofobia.
Condenou o ataque ao hospital de Gaza, que matou 471 civis, reafirmando que não partiu de Israel.
O presidente dos Estados Unidos sublinhou sua própria coragem em viajar a Kiev e Tel Aviv para dar apoio a aliados.
Disse que tropas dos Estados Unidos não serão utilizadas nos dois conflitos, deixando implícito que Washington defende seus interesses através de aliados.
Comentaristas tem dito que a ocupação de território da Ucrânia pela Rússia provoca em Washington uma repulsa que não se vê quando se trata de território palestino ocupado por Israel.
Biden fugiu da comparação.
Afirmou que os EUA são um "farol" para a democracia, sugerindo que a vitória da Rússia ou do Hamas poderiam representar uma ameaça a ela.
Donald Trump, provável adversário de Biden em 2024, tem dito que acabará com a guerra da Ucrânia um dia depois de assumir e acusou o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de fracassar na garantia da segurança de Israel.
O republicano está claramente incomodado com a parceria Biden-Bibi, que reduz suas chances de vitória em 2024.