Uma cena macabra e desesperadora circula o mundo na noite desta terça-feira (17). Médicos do Hospital Al-Ahli, de Gaza, que foi explodido após ser atingido por um foguete disparado pelas IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), deram uma entrevista coletivo em meio às pilhas de corpos amontoados após a ação desumana ocorrida no local, que custou a vida de pelo menos 500 pessoas.
À frente do púlpito onde os profissionais de saúde falaram à imprensa, dois homens sentados seguravam duas crianças mortas e ensanguentadas. O porta-voz do grupo, indignado, disse que “isso era um sinal de que o mundo, definitivamente, não caminhava em direção à paz”.
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Israel nega e dá outra versão
No perfil oficial do governo de Israel na rede ‘X’ (antigo Twitter), uma publicação feita logo após o ataque dizia que “A partir da análise dos sistemas operacionais das IDF, foi identificado o disparo de foguetes inimigos em direção a Israel, que passava pelas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo disparo fracassado que atingiu o hospital”.
Junto com o texto, o perfil governamental israelense disponibilizou um vídeo de câmeras de monitoramento que, além de não mostrarem absolutamente nada, vem sendo difundido em redes de desinformação da extrema direita do país. Ao notar a falta de credibilidade do material, o administrador do perfil deletou as imagens e deixou apenas o texto, embora a publicação original ainda possa ser acessada e vista clicando na parte de “edições” do post.
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Mundo árabe reage
Com o levante de milhares de pessoas em vários países árabes poucas horas depois da tragédia e uma agitação descontrolada nesta noite na Cisjordânia, a administração de Benjamin Netanyahu corre para estancar a perda de apoio que o acontecimento provocou, inclusive deixando aliados da Europa e os EUA assustados e furiosos. Há protestos na Síria, Líbano, Turquia, Marrocos, Egito e também no território palestino da Cisjordânia, onde tiros foram registrados em meio aos violentos atos.
Veja as imagens da coletiva: