Parte significativa dos 2,2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza está consumindo água do mar e esgoto para poder sobreviver, por conta do bloqueio total imposto por Israel após os ataques perpetrados pelo grupo radical Hamas a civis e militares do Estado judeu, há pouco mais de uma semana, informa a agência de notícias Reuters.
Com a intensificação dos bombardeios pelos caças das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), enquanto o desespero toma conta da população local, que aguarda a invasão por terra das tropas sob comando de Tel Aviv, muitos moradores têm cavado poços em áreas próximas ao mar para retirar água salgada e beber, ao passo que outros utilizam a água misturada com esgoto de um grande reservatório em condições totalmente insalubres. O cerco instaurado por Israel impede a chegada de qualquer tipo de alimento, luz elétrica, remédios e água, o que resulta numa crise humanitária sem precedentes naquela zona costeira do Mediterrâneo.
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Ainda segundo a Reuters, dos moradores da cidade de Khan Yunis ficaram incumbidos de encher recipientes com qualquer tipo de água encontrada para que os habitantes da localidade os retirem, para consumo. Eles realizam a tarefa por horas a fim e quantidade do recurso hídrico encontrado é mínima, além de estar totalmente impróprio para ser ingerida.
O chefe regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Faixa de Gaza, Ahmed Al Mandhari, disse nesta segunda-feira (16) que o território está à beira de uma hecatombe, reporta a AFP. “Restam 24 horas de água, eletricidade e combustível antes de uma verdadeira catástrofe se a ajuda humanitária não chegar”, informou.