Os hospitais da Faixa de Gaza anunciaram na manhã desta quarta-feira (11) que os geradores a combustível estão se esgotando e que os centros de saúde devem parar em breve. Milhares de pessoas podem ficar sem acesso a saúde na região que está sob ataques militares e cerco de Israel.
O governo israelense anunciou, desde sábado, a partir do seu ministro da Defesa Yoav Gallant, que iria iniciar um cerco total contra os "animais humanos" (sic) de Gaza, bloqueando luz, telecomunicações, água e comida da região. Tel Aviv também afirmou que iria proibir a chegada de ajuda humanitária à região via Rafah, na fronteira entre o território palestino e o Egito.
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Acostumados com poucas horas de energia elétrica por dia, os hospitais em Gaza passaram a operar desde sábado através de geradores de gasolina.
O problema é que, com o bloqueio, não há mais combustíveis para sustentar os hospitais, que devem ficar sem energia elétrica. Sem energia elétrica, diversos serviços dos hospitais se tornam impossíveis.
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Vale ressaltar que há mais de 3 mil feridos em Gaza por conta dos bombardeios israelenses e cerca de 50% da população tem menos de 19 anos.
Pedidos oficiais
O Crescente Vermelho, braço da Cruz Vermelha que atua em países de maioria islâmica, pediu pelo fim do cerco a Gaza na manhã desta terça-feira (10).
"As infra-estruturas críticas das quais as pessoas dependem para viver - incluindo as redes de electricidade e de água - não devem ser atacadas. Independentemente de qualquer cerco militar, as autoridades devem garantir que os civis tenham acesso às necessidades básicas, incluindo água potável, alimentos e cuidados médicos", disse o Presidente Mirjana Spoljaric disse em comunicado.
“Instalações médicas e pessoal médico nunca devem ser alvos. Caminhamos para um desastre humanitário”, alertou o CICV.
As autoridades de Gaza pediram pelo fim do bloqueio. “Isso ameaça mergulhar a Faixa na escuridão total e impossibilitar a continuidade do fornecimento de todos os serviços básicos de vida, todos dependentes de eletricidade, e não será possível operá-los parcialmente com geradores à luz do bloqueio do portão de Rafah”, disse um comunicado divulgado na manhã desta quarta-feira.