A transformação do funeral da Rainha Elizabeth em comício eleitoral por parte do presidente Bolsonaro (PL) virou destaque nos principais meios de comunicação dos EUA e da Europa.
O jornal inglês The Sun notícia que "o presidente de extrema direita se dirigiu a um comício das janelas da embaixada de seu país e agitava uma multidão que se reunia do lado de fora".
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Por sua vez, o Independent afirma que "Bolsonaro é acusado de transformar visita a funeral da Rainha em comício político". O site destaca que "Bolsonaro realizou um comício eleitoral improvisado ao fazer um discurso ao ar livre em Londres". O portal também dá como certa a derrota do presidente para Lula no próximo dia 2 outubro.
A imprensa estadunidense também noticiou o uso político do funeral da Rainha pelo mandatário brasileiro. "Bolsonaro faz discurso raivoso em tom de campanha antes de comparecer ao funeral da Rainha", noticia o US News.
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"O ex-capitão do exército de extrema direita, Bolsonaro falou brevemente sobre o legado da Rainha, antes de acusar a oposição de tentar implantar o comunismo no maior país da América Latina", diz o US News sobre Bolsonaro em Londres.
Além disso, o US News afirma que Bolsonaro é uma ameaça à democracia e que preocupa outros líderes. "Os líderes ocidentais estão cada vez mais preocupados com seu compromisso com a democracia. Ele tem repetidamente feito ataques infundados ao sistema de votação eletrônica do Brasil e insinuou que pode não aceitar os resultados da eleição se perder", destaca o site estadunidense.
O The Guardian, que na semana passada fez um duro editorial contra o presidente, afirma que Bolsonaro usou o "caixão da Rainha para fazer campanha eleitoral". "Os comentários politicamente pesados de Bolsonaro encantaram os apoiadores radicais que foram ouvi-lo no centro de Londres, mas provocaram raiva no Reino Unido", revela o Guardian, um dos principais portais do Reino.
"'Estamos no caminho certo'", declarou o presidente brasileiro a centenas de apoiadores vestidos de amarelo que se reuniram do lado de fora do prédio, a menos de duas milhas de Westminster Hall, onde a rainha estava deitada", critica o The Guardian.
O correspondente do The Guardian para América Latina, Tom Phillips, publicou em seu perfil no Twitter um vídeo com a milit??ncia bolsonarista enfurecida na porta da embaixada do Brasil em Londres.
O The Times afirma que, além de ter usado o funeral de Elizabeth II para fazer comício, Bolsonaro aproveitou a viagem para comparar os preços da gasolina da Inglaterra com o do Brasil. O Times também destacou o fato de que a derrota do mandatário é iminente na votação que vai ocorrer no dia 2 de outubro.
Além da repercussão profundamente negativa do uso eleitoral que Bolsonaro fez do funeral da rainha Elizabeth II,