EUA

Governo Trump: CIA planejou assassinato de Julian Assange

Empossado por Trump, o diretor da CIA, Mike Pompeo, teria liderado as investidas para sequestrar e assassinar Assange em 2017.

Donald Trump e Julian Assange.Créditos: Instagram / Wikipedia
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O assassinato de Julian Assange, fundador do Wikileaks, entrou na pauta da CIA - a Agência Central de Inteligência dos EUA - durante o governo Donald Trump.

Em longa reportagem no Yahoo News, os jornalistas Zach Dorfman, Sean D. Naylor and Michael Isikoff detalharam os planos do governo Trump para assassinar Assange em 2017, quando ele se encontrava refugiado na Embaixada do Equador em Londres.

"Alguns altos funcionários da CIA e do governo Trump chegaram a discutir a morte de Assange, chegando ao ponto de solicitar 'esboços' ou 'opções' de como assassiná-lo. As discussões sobre o sequestro ou a morte de Assange ocorreram 'nos níveis mais altos' do governo Trump, disse um ex-alto funcionário da contra-inteligência. 'Parecia que não havia limites'", diz o texto.

Os planos da CIA ainda incluiam "espionagem extensiva" dos associados do Wikileaks, organização fundada por Assange para divulgar documentos que expõem os bastidores da política externa dos EUA. 

O governo dos EUA pretendia invadir celulares de associados da fundação para criar discórdia entre eles e roubar informações do grupo.

O estopim para desencadear os planos de assassinato de Assange teriam sido o vazamento de ferramentas de hacking da CIA extraordinariamente sensíveis, conhecidas coletivamente como “Vault 7”, que a agência finalmente concluiu representou “a maior perda de dados na história da CIA”.

Empossado por Trump, o diretor da CIA, Mike Pompeo, teria liderado as investidas para assassinar Assange.

"Pompeo e outros líderes de agências de alto escalão 'estavam completamente distantes da realidade porque estavam muito envergonhados com o Vault 7', disse um ex-funcionário de segurança nacional de Trump. 'Eles estavam vendo sangue'”, diz a reportagem, que ouviu mais de 30 ex-funcionários do governo dos EUA, sendo que oito deles descreveram os planos para sequestro de Assange.