MUNDO EM ALERTA

Assassinato de petista e ameaças de Bolsonaro às eleições repercutem no parlamento britânico

Deputados britânicos assinaram uma moção em que expressam "preocupação" com a violência política no Brasil, apontam responsabilidade de Bolsonaro e exigem eleições "livres e justas"; confira

Richard Burgon, deputado britânico que lidera a moção que denuncia violência política no Brasil.Créditos: Labour Outlook
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Deputados britânicos apresentaram no parlamento do Reino Unido, nesta quarta-feira (13), uma moção em que denunciam a escalada da violência política no Brasil e responsabilizam o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo clima de instabilidade que antecede as eleições. 

O documento, divulgado em reportagem do site Brasil Wire, é uma iniciativa de Richard Burgon, do Partido Trabalhista de Leeds East, e foi assinado, até o momento, por 16 parlamentares britânicos. 

Os políticos, no texto da moção, expressam preocupação com as ameaças de Bolsonaro às eleições e episódios recentes de violência política promovidos por bolsonaristas, como o assassinato do petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) e bombas atiradas por apoiadores de Bolsonaro contra atos de pré-campanha do ex-presidente Lula (PT)

Leia a íntegra da moção em português

“EDM(Movimento do início do dia)285: apresentado em 12 de julho de 2022.

Violência política e eleição presidencial no Brasil.

Esta Câmara expressa sua profunda preocupação com os relatos de violência política contra representantes do Partido dos Trabalhadores no Brasil antes das eleições presidenciais de outubro; observa que o presidente brasileiro de extrema-direita Jair Bolsonaro e seus ministros, quase metade dos quais são generais militares, fizeram repetidas ameaças contra a integridade das próximas eleições deste ano; observa ainda que estes pioraram à medida que o ex-presidente e líder do Partido dos Trabalhadores Lula da Silva abriu liderança significativa nas pesquisas; está preocupado com o fato de as ameaças, intimidações e discursos de ódio por parte do Presidente e dos seus apoiantes criarem um contexto em que os atos de violência política são mais prováveis; condena o assassinato em 9 de julho na festa de aniversário de Marcelo Arruda, dirigente do Partido dos Trabalhadores na cidade de Foz do Iguaçu, por um apoiador de Bolsonaro que cantou 'aqui é Bolsonaro'; observa que os apoiadores de Bolsonaro também atacaram comícios pró-Lula, inclusive com uma bomba caseira e o uso de drones para lançar fezes sobre a multidão; e pede ao governo britânico que levante preocupações com o governo brasileiro sobre esses relatos de violência e intimidação e exija que as próximas eleições sejam livres e justas.”