A imprensa estrangeira repercutiu neste domingo (10) o assassinato do guarda-civil petista Marcelo Arruda, baleado durante sua festa de aniversário pelo policial penal federal Jorge José Guaranho, seguidor fanático de Jair Bolsonaro, apenas pelo fato da comemoração da vítima ter como tema o PT e o ex-presidente Lula.
Na Argentina, os jornais La Nación, Clarín e Página 12 abordaram o assunto em suas manchetes. O primeiro e o segundo destacaram o vínculo ideológico do assassino com o presidente brasileiro, enquanto o terceiro foi mais direto e noticiou que o crime é um fruto direto do discurso de ódio proferido pelo chefe de Estado e por seus filhos. O Hoy Paraguay, do país vizinho à cidade Foz do Iguaçu, reportou a morte e frisou que autoridades salientaram o perfil bolsonarista do criminoso.
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A rede de TV venezuelana TeleSur também informou sobre a tragédia de contornos e motivação extremistas, salientando o clima de crescente violência por parte dos bolsonaristas, o que fez o ex-presidente Lula, candidato novamente ao Planalto, utilizar colete à prova de balas durante um ato no Rio de Janeiro na quinta-feira (7), onde até um explosivo foi lançado por um admirador do atual ocupante do Palácio do Planalto.
A agência Reuters noticiou o dantesco homicídio explicando que o caso ocorre em meio à radicalização cada vez mais frequente dos bolsonaristas, classificando o episódio como um “mau presságio” sobre o que ocorrerá no Brasil durante a campanha eleitoral.
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Na Europa, o francês Le Figaro traz como centro de sua reportagem as constantes denúncias feitas por dirigentes do PT sobre a violência crescente dos seguidores de Bolsonaro, assinalando que o assassinato de Arruda foi mais capítulo na escalada sinistra da extrema-direita. Já o El País, da Espanha, fez questão de informar que Guaranho gritava “É Bolsonaro, seus filhos da puta” enquanto atirava no homem que também era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e que tinha sido candidato a vice-prefeito da cidade pela sigla na última eleição municipal, de 2020.
No Canadá, o La Presse destacou a profissão da vítima e do agressor, ambos da área de segurança pública, e o perfil violento e extremista bolsonarista Garanho nas redes.