O Ministério do Interior da Finlândia anunciou nesta sexta-feira (10) que irá construir muros no formato de cercas na fronteira com a Rússia. A justificativa do governo finlandês é "reforçar sua segurança contra ameaças híbridas".
Segundo o governo da Finlândia há o temor de que a Rússia possa usar imigrantes para exercer pressão política. Por causa disso, o governo prepara modificações legislativas para a construção de cerca mais fortes ao longo de sua fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia.
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"O objetivo da lei é melhorar a capacidade operacional da guarda fronteiriça para responder as ameaças híbridas. A guerra na Ucrânia contribuiu para a urgência desta questão", declarou à AFP Anne Ihanus, assessora do Ministério do Interior.
Atualmente, as fronteiras da Finlândia são, em sua maior parte, feitas de madeira e tem como principal objetivo impedir o deslocamento de gado.
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"O que queremos construir agora é uma cerca robusta com um efeito de barreira real. Muito provavelmente a cerca não cobrirá toda fronteira leste, mas se concentrará nos locais considerados mais importantes", declarou Sanna Palo, diretora da divisão jurídica da Guarda de fronteira.
Recentemente, a Finlândia apresentou a sua candidatura para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), fato que a Rússia classificou como "um erro grave com consequências de longo alcance".
Combatentes estrangeiros são condenados à morte em Donetsk
A Suprema Corte da República Popular de Donetsk condenou três estrangeiros - dois britânicos e um marroquino - à morte por fuzilamento como mercenários no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A medida repercutiu de maneira negativa nos órgãos e na imprensa estrangeira.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, deu uma declaração onde exorta a comunidade internacional e a mídia a não especularem sobre a condenação dos três combatentes estrangeiros por crimes de guerra.
"No momento, todos os processos mencionados são baseados nas leis da República Popular de Donetsk, porque os crimes em questão foram cometidos no território na DPR. Todo o resto é assunto de especulação; eu não interferiria no trabalho do sistema judicial e legal da República Popular de Donetsk", disse Lavrov.
A Suprema Corte da República Popular de Donetsk condenou, nesta quinta-feira (9), os britânicos Aiden Aslin e Shaun Pinner e o marroquino Saadun Brahim a pena de morte por fuzilamento. Segundo a Corte do país, os três se declararam culpados em seu objetivo de "tomar o poder à força". Os três homens ainda podem recorrer da decisão.
Aslin e Pinner foram capturados pelas forças milicianas de Donbass em Mariupol em meados de abril. À época, o Reino Unido exigiu que os dois homens fossem tratados como combatentes da Ucrânia e enquadrados nas regras internacionais de guerra. Brahim se rendeu às forças de Donbass e russas em março durante confronto na cidade de Volnovakha, em Donetsk.
Os EUA e o Reino Unido classificaram o julgamento como uma "farsa".
Após a condenação dos três estrangeiros à morte, os governos da Rússia e de Donbass exortaram para que estrangeiros não se juntem às Forças Armadas da Ucrânia.