O porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, acusou os Estados Unidos de manter laboratórios biológicos com "vírus perigosos" na Ucrânia para serem usados como armas de guerra no conflito com a Rússia.
"Os Estados Unidos, que mais conhecem os laboratórios, devem divulgar as informações específicas relevantes o mais rápido possível, incluindo quais vírus são armazenados e a pesquisa que vem sendo realizada", disse Zhao.
Segundo o governo chinês, as atividades bio-militares dos EUA na Ucrânia são apenas "a ponta do iceberg" e acusou o Departamento de Defesa estadunidense de controlar 336 laboratórios biológicos em 30 países.
"Qual é a real intenção dos Estados Unidos? O que exatamente o país fez? Essas sempre foram uma fonte de dúvidas para a comunidade internacional", afirmou o porta-voz chinês.
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A China lembrou ainda que apenas os Estados Unidos bloquearam por 20 anos a criação do protocolo de verificação da Convenção sobre Armas Biológicas e se recusaram a aceitar inspeções de laboratórios dentro e fora de suas fronteiras.
"Pedimos mais uma vez ao lado dos EUA que esclareça plenamente suas atividades militares biológicas, tanto no país quanto no exterior, e aceite verificações multilaterais", disse Zhao.
OTAN e ponto de ruptura
O porta-voz chinês ainda criticou as novas medidas do governo Joe Biden que, juntamente com os parceiros europeus da Organização do Tratad Atlântic Norte (Otan), proibiram a compra de petróleo russo.
As medidas da Otan liderada pelos Estados Unidos levaram a tensão entre a Rússia e a Ucrânia a um "ponto de ruptura", disse Zhao.