Um terremoto de magnitude 5,7 foi registrado na cidade de Veracruz, no México, nesta quinta-feira (3), de acordo com Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo. Seguindo os protocolos, sirenes soaram na Cidade do México e, por conta do alerta, o evento com participação do ex-presidente Lula (PT) na Câmara dos Deputados mexicana sofreu um atraso.
Os presentes se dirigiram a um pátio externo da casa legislativa e, após algum tempo, retornaram ao plenário para dar início às atividades. Na abertura do evento, o deputado Ignacio Mier Velazco, líder do Movimento Regeneração Nacional (Morena), partido do presidente Andrés Manuel López Obrador, citou os tremores e brincou, dizendo que o nome do terremoto é Lula.
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"Hoje é um dia de festa. Houve um sismo, e o epicentro está na Câmara dos Deputados agora", disse o congressista mexicano, que falou sobre os esforços de Lula para o combate à desigualdade.
Na sequência, disse que "o sismo que ocorreu hoje se chama Luiz Inácio Lula da Silva", em tom elogioso, arrancando risos do próprio ex-presidente brasileiro e da plateia.
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Discurso de Lula
O ex-presidente Lula (PT) criticou a postura das grandes potências mundiais diante da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele discursou na Câmara dos Deputados do México, um dia depois de se reunir com o presidente do país, Andrés Manuel López Obrador.
“As grandes potências precisam entender que não queremos ser inimigos de ninguém. Não interessa a nós, nem ao mundo, uma nova guerra fria envolvendo Estados Unidos, China ou Rússia, arrastando o planeta inteiro a um conflito que pode colocar em risco a sobrevivência da humanidade”, declarou Lula.
O ex-presidente se posicionou de forma contrária ao conflito: “Sou e serei contra todas as guerras e qualquer invasão de um país por outro país, seja no Oriente Médio, na Europa, na América Latina, no Caribe, na África, em qualquer lugar do planeta. Defenderei até o fim a paz e a soberania de cada nação diante de agressões externas”.
“Trilhões de dólares foram gastos em guerras recentes, antes e depois do 11 de setembro, no Oriente Médio e mesmo na Europa. Quantia suficiente para eliminar a fome no mundo e preparar o planeta para lidar melhor com as mudanças climáticas”, destacou Lula.
O ex-presidente ressaltou, ainda, que “é inadmissível que em plena segunda década do século 21 alguns líderes insistam em se comportar como nossos antepassados da pré-história, quando não existia diplomacia e a única lei em vigor era a lei do mais forte”.
Confira mais trechos da fala de Lula aqui.