O bilionário russo Roman Abramovich, dono do time inglês Chelsea e amigo íntimo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria sido envenenado no início de março após participar de uma reunião informal com negociadores ucranianos, em Kiev, para tentar selar a paz no conflito armado envolvendo os dois países do Leste Europeu.
Abramovich apresentou os sintomas após o encontro, quando estava a caminho da Turquia, onde ficou internado num hospital privado após perder a visão “por algumas horas”, informam fontes de vários jornais, como do britânico The Guardian, do norte-americano Washington Post e do holandês Belling Cat. O oligarca teria apresentado lesões semelhantes a queimaduras no rosto, com descamação da pele do face e das mãos e lacrimejamento doloroso constante.
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Em relação aos outros dois negociadores que apresentaram os mesmos sintomas, apenas um foi identificado. Trata-se do empresário e parlamentar ucraniano Rustem Umerov.
CIA diz que ataque não foi com veneno
Um integrante da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, que deu entrevista sob anonimato à agência Reuters, disse que as informações levantadas por parceiros que atuam na região é de que o ataque a Abramovich e aos negociadores ucranianos não teria ocorrido por meio de envenenamento, mas sim pelo que chamou de “fatores ambientais”, sem, no entanto, esclarecer o que isso significaria. De acordo com a fonte, o russo e os dois negociadores de Kiev já estariam em boas condições de saúde.
Qual seria o motivo
A principal hipótese especulada por analistas internacionais para o ataque a Roman Abramovich e os dois negociadores informais ucranianos que se reuniram para achar um acordo entre o Kremlin e Kiev aponta para setores da ‘linha dura’ do governo de Moscou, que não teriam interesse numa solução imediata para a guerra. No entanto, nenhum desses analistas opina se Vladimir Putin teria ou não interesses nesse sentido, já que ele é amigo de longa data do bilionário.