Nos últimos dias, quem acompanha o desenrolar da guerra na Ucrânia deve ter ouvido falar de um termo até então pouco comum para maior parte das pessoas: “drone kamikaze”. Só para lembrar, os kamikazes eram os pilotos de guerra japoneses que atiravam o próprio avião contra alvos inimigos, sacrificando suas vidas para atingir tropas, bases ou navios contra os quais lutava.
Para entender o termo é apenas necessário juntar as duas palavras. A diferença é que não há uma vida humana embarcada no drone militar, portanto, ele se destrói contra um alvo, não será mais utilizado, até porque virará cinzas, e seu operador fica vivo a quilômetros de distância da explosão. A diferença para o drone convencional é óbvia, já que ele ataca o inimigo e retorna para a base.
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Kalashnikov UAV-KYB (Rússia)
Os russos têm feito estragos nos alvos ucranianos desde que começaram a usar o modelo fabricado pela Kalashnikov UAV-KYB, que carrega três quilos de explosivo e se choca contra os inimigos sem despertar a atenção, já que é silencioso e pode ficar planando por várias horas, até encontrar o melhor momento para atacar.
O custo de produção também é baixíssimo, embora não seja informado oficialmente. Um aparelho que não custa sequer mil dólares pode dar um prejuízo humano e material enorme para o exército do lado oposto, principalmente quando ataca blindados ou aviões em solo que custam milhões de dólares.
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Switchbalde-600 (EUA, fornecido à Ucrânia)
Após o uso bem sucedido de “drones kamikazes” por parte dos russos, o presidente dos EUA, Joe Biden, informou que entre os US$ 830 milhões em equipamentos militares que doará à Ucrânia estão inúmeros aparelhos semelhantes, do modelo Switchbalde-600, fabricado pela norte-americana AeroVironment.
Ele tem um custo um pouco maior, mas ainda assim baixo: US$ 6 mil. Seu tempo de voo também é mais curto se comparado com o aparelho de Moscou, com duração apenas de 40 minutos. O Switchbalde-600 deve chegar às mãos dos militares subordinados a Volodymyr Zelensky nos próximos dias, prometendo ter sucesso nas missões com o que obteve no Afeganistão e no Iraque, onde foi introduzido secretamente a partir de 2010.