ESQUISITO E PERIGOSO

Conheça o drone “tosco” da Ucrânia que virou o terror dos russos

Chamado genericamente de “Punisher Drone”, o aviãozinho não tripulado feioso não é barato e só carrega uma bomba na barriga, mas tem sido o suficiente para devastar as poderosas tropas de Moscou no solo

Punisher Drone, operado pela Ucrânia (Foto: infodron.es/Reprodução).
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A Rússia tem um dos exércitos mais poderosos e vitoriosos do mundo. Sua força aérea possuiu milhares de aviões, helicópteros, drones e mísseis balísticos, muitos com tecnologia de ponta e que assustam até os EUA. No entanto, um inimigo feioso e aparentemente “tosco” tem tirado o sono de Moscou depois da invasão da Ucrânia: o “Punisher Drone”.

O aviãozinho magricela não tripulado a serviço de Kiev, que carrega uma única bomba na parte inferior de sua estrutura, segundo analistas militares que acompanham de perto o desenrolar da Guerra na Ucrânia, tem destruído várias posições russas em solo, apavorando colunas de tanques, comboio blindados e tropas acampadas que aguardam instruções para avançar.

“Punisher Drone” é a denominação dada a um veículo aéreo não tripulado movido a bateria fornecido pela empresa ucraniana UA-Dynamics, que começou suas atividades após terem início as hostilidades na região de Donbass, em 2014. O pequeno drone pode ser operado até 48 km além do ponto onde está seu controlador, numa altura que pode ultrapassar os 400 metros, não é detectado por radares, é silencioso e atinge velocidade de 72km/h.

Equipado com câmeras, ele se posiciona e larga sua única bomba, de seis quilos, bem nas cabeças dos inimigos e a bateria tem autonomia de várias horas. Só tem um inconveniente, ele não é tão barato. Aliás, é barato se comparado com o preço desse tipo de equipamento militar, mas não é qualquer um que poder desembolsar US$ 196 mil por um par de “brinquedinhos”.

Segundo o jornal britânico The Times, mais de 60 missões com o “Punisher Drone” já foram realizadas com êxito pelos militares ucranianos, e elas teriam sido um dos motivos que fizeram com que Moscou diminuísse o ritmo de seus ataques e replanejasse suas estratégias na guerra.