GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia invade Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia; veja videos

A vice-ministra de Defesa ucraniana, Hanna Malyar, afirmou que as forças russas já perderam cerca de 4.300 militares durante a invasão

Tropas russas nas ruas de Kharkiv, na Ucrânia.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Forças russas entraram neste domingo (27), quarto dia da invasão, em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Teve início uma batalha nas suas ruas após uma noite de intensos combates.

Autoridades ucranianas confirmaram uma "incursão" de tropas russas no centro da cidade que tem 1,4 milhões de habitantes, localizada a nordeste de Kiev. "Houve uma incursão de veículos leves do inimigo russo na cidade, inclusive na parte central", disse Oleg Sinegubov, responsável pela administração regional. "As forças armadas ucranianas estão eliminando o inimigo", acrescentou.

Vídeos compartilhados pelas redes sociais -- e também por representantes do governo, como o conselheiro do Ministério do Interior Anton Herashchenko -- mostraram blindados russos passando por uma rua da cidade.

Gasoduto

O gabinete do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, havia informado mais cedo que a Rússia explodiu um gasoduto em Kharkiv. O governo emitiu um alerta para a população se proteger da fumaça cobrindo as janelas com panos úmidos.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, o exército cercou duas grandes cidades na região, Kherson e Berdyansk, que somadas têm cerca de 400 mil habitantes.

"Nas últimas 24 horas, as forças armadas russas bloquearam completamente as cidades de Kherson e Berdyansk", informou o ministério, citado pela agência TASS.

Em Kiev, grandes explosões foram registradas em um depósito de combustível ao sul da capital, iluminando o céu na madrugada de domingo, 27 (noite de sábado no Brasil).

Baixa de russos

A vice-ministra de Defesa ucraniana, Hanna Malyar, afirmou neste domingo (27) que as forças russas já perderam cerca de 4.300 militares durante a invasão. O número, segundo ela, ainda está sendo apurado.

Os russos ainda teriam perdido 146 tanques, 27 aviões e 26 helicópteros.

No fim da manhã (madrugada no Brasil), o Kremlin anunciou que uma delegação havia sido enviada para Gomel, cidade na Belarus a 40 km da fronteira ucraniana. "Estaremos prontos para começar negociações", disse o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov.

Sucesso midiático

Por enquanto, o governo de Volodimir Zelenski rejeita a iniciativa, presumivelmente porque o que Moscou quer é uma rendição. Em um pronunciamento, o presidente disse que seria possível conversar em Belarus se os russos não tivessem usado a ditadura aliada como uma das bases para seu ataque —justamente contra Kiev, a menos de 200 km da fronteira sul belarussa.

O ucraniano teve um sábado de sucesso midiático no Ocidente, deixando seu passado de comediante e político inábil no poder para trás ao fazer discursos desafiadores em Kiev.

"A noite foi brutal. Hoje, não há uma única coisa no país que os ocupantes não consideram um alvo aceitável. Eles lutam contra jardins de infância, prédios residenciais, até ambulâncias", disse Zelenski, em um vídeo no Instagram.