Sarkozy insiste nos ataques aos imigrantes

O presidente em exercício da União Europeia pretende reduzir para metade o fluxo imigratório anual e retirar direitos sociais de imigrantes

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O presidente em exercício da União Europeia pretende reduzir para metade o fluxo imigratório anual e retirar direitos sociais de imigrantes Por Redação (Publicado por BE Internacional. Foto por http://www.flickr.com/photos/eppofficial/) Sarkozy continua na ofensiva contra os imigrantes, um dos temas centrais da sua campanha para a reeleição, na qual registrou uma ligeira recuperação segundo as sondagens mas recentes. Nas suas últimas intervenções, retomou a intenção de se retirar do Acordo de Schengen para restaurar o controle de fronteiras que já anteriormente formulara com Silvio Berlusconi. O presidente em exercício da União Europeia pretende reduzir para metade o fluxo imigratório anual e retirar direitos sociais de imigrantes. "Se os acordos de Schengen já não conseguem responder à gravidade da situação, então devem ser revistos", disse Nicolas Sarkozy num discurso de campanha durante o fim de semana. "Não podemos deixar a gestão de fluxos migratórios apenas nas mãos dos tecnocratas e dos tribunais", pelo que, acrescentou, "é necessária uma disciplina comum aos controles fronteiriços". Além disso, "é preciso sancionar, suspender ou excluir de Schengen um Estado que não o cumpra; se constatar que nos próximos 12 meses não há progressos sérios neste sentido, então a França suspenderá a sua participação no Acordo de Schengen até que as negociações resultem". Outro aspecto de polêmica eleitoral é a alegada defesa do protecionismo por Sarkozy, em nome das pequenas e médias e empresas e como forma de travar a deslocalização de empresas europeias. O candidato socialista François Hollande tem criticado Sarkozy, tentando ultrapassá-lo numa perspectiva liberal. As mais recentes sondagens dão uma subida de um ponto a Sarkozy (27%), agora a dois pontos de Hollande (29%, estagnado), mas não à custa da neofascista de Marine le Pen, que se mantém nos 17%. A maior subida é a do candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, de 8% para 9,5%.