Mais famoso narrador da televisão brasileira, Galvão Bueno se despede da profissão neste domingo, após a dramática partida entre Argentina e França pela final da Copa do Mundo 2022, no estádio Lusail, no Catar. Entretanto, aos 72 anos, o jornalista não admite se aposentar. Utilizando o termo "virada de página", tem projeto de continuar na ativa nos próximos anos.
Bordões
O narrador é responsável por bordões que brasileiros usam em seu cotidiano, como “haaaaaja coração” e "é teste para cardíaco". Ficou marcada na memória nacional também o "Acabooooou!" e "É teeetraaaa!", vibração do locutor bradada após o italiano Roberto Baggio perder o pênalti na final da Copa do Mundo de 1994, confirmando a conquista do tetracampeonato mundial pelo Brasil. Expressões como “É teste para cardíaco”, "Sai que é suuuuaaa, Taffarel", "Quem é que soooooobe?", "Pode isso, Arnaldo?" e "Olha o que ele fez! Olha o que ele fez!" também já fazem parte da memética brasuca.
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Novo contrato
Embora esteja se despedindo das narrações, Galvão assinou novo contrato com a Rede Globo, com duração de dois anos, e já entregou dois projetos à direção da emissora. O primeiro compromisso é acabar de gravar o documentário “O Incrível Galvão”, produzido pela Globoplay e que deve estrear em fevereiro. Também está previsto o especial de despedida do Bem, Amigos!, programa esportivo que ele comanda há duas décadas, no SporTV.
"Paro de fazer narrações em TV aberta, e isso é definitivo. Mas não vou me aposentar. Seguirei tendo projetos na TV Globo. Não vou me desligar totalmente da empresa. Já está em produção uma série sobre minha vida, com cinco episódios no Globoplay rememorando momentos marcantes. Outros projetos estão em estudo. O que posso garantir é que não vou para nenhuma outra emissora, embora tenha tido propostas", afirmou Galvão em entrevista à revista Veja.
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Olimíadas
Conforme prevê o novo contrato de Galvão com a Globo, ele terá, pelo menos, um programa por ano na grade da emissora, de acordo com o Notícias da TV, no UOL. O novo vínculo prevê, ainda, que o profissional participe da cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris como apresentador e comentarista em programas especiais. Além disso, ele terá presença assegurada na cerimônia de abertura, em 26 de junho de 2024. Em paralelo, Galvão tem compromissos com a Play9, empresa de Felipe Neto e João Pedro Paes Leme, para produção de conteúdo na internet.
Narrador de Copas do Mundo desde 1986, Galvão Bueno foi a voz de dois títulos da seleção brasileira, o tetracampeonato em 1994 e o penta em 2002. Narrou ao todo 53 partidas do Brasil no torneio, com 36 vitórias, oito empates e nove derrotas. Em vídeo recente, Galvão se emociona ao comentar sua despedida de transmissões do futebol na Globo, afirmando estar se sentindo "meio Bozó".