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Seleção da Dinamarca chega forte à Copa do Mundo do Catar 2022 e é candidata a passar de fase

Como a Bulgária em 1994, a Croácia em 1998 e 2018 ou a Turquia em 2002, a Dinamarca é uma forte candidata a ser “a surpresa” da Copa do Mundo do Catar; saiba tudo sobre a Dinamarca

Robert Skov, meia da Dinamarca e do Hoffenheim (Alemanha).Robert Skov, meia da Dinamarca e do Hoffenheim (Alemanha), durante partida da sua seleção.Créditos: Matteo Ciambelli/NurPhoto via Getty Images
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A Seleção da Dinamarca chega à Copa do Mundo do Catar 2022 como uma das favoritas do Grupo D, ao lado da atual campeã França, para conquistar uma vaga nas oitavas de final do torneio. Austrália e Tunísia serão seus outros dois adversários na primeira fase. Como a Bulgária em 1994, a Croácia em 1998 e 2018 ou a Turquia em 2002, a Dinamarca é uma forte candidata a ser “a surpresa” da Copa do Mundo do Catar. Ao longo da história os dinamarqueses conquistaram dois títulos oficiais: a Eurocopa de 1992 e a Copa das Confederações de 1995, esta última com uma campanha invicta.

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Em Copas do Mundo, a sua primeira aparição foi em 1986, no México, quando montou um bom time e se classificou para as oitavas de final. Na ocasião venceu a Escócia por 1 a 0, o Uruguai por 6 a 1 e a Alemanha por 2 a 0. A excelente campanha na fase de grupos lhe rendeu o apelido de “Dinamáquina”. Mas a fama durou pouco e nas oitavas de final os dinamarqueses foram goleados por 5 a 1 pela Espanha de Butragueño e Goikoetxea.

Após duas edições sem se classificar, a Dinamarca esteve presente na França em 1998 e acabou eliminada para o Brasil nas quartas de final. Na Coreia do Sul e Japão em 2002 foi eliminada pela Inglaterra nas oitavas de final e em 2018 na Rússia, perdeu novamente nas oitavas, para a vice-campeã Croácia. Na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, a Dinamarca foi eliminada na primeira fase, naquela que acabou sendo a sua pior campanha.

Com 27 pontos em 10 partidas, equivalentes a 9 vitórias e uma derrota, a Dinamarca foi a primeira colocada não apenas do Grupo F, mas do quadro geral das Eliminatórias Europeias, ao lado da Alemanha. Escócia, Áustria, Israel, Ilhas Faroe e Moldávia fizeram parte do grupo e não se classificaram.

A Seleção da Dinamarca estreia na Copa do Mundo do Catar 2022 contra a Tunísia no próximo dia 22 de novembro (terça-feira), às 10h de Brasília, no estádio Cidade da Educação. Em seguida, no sábado (26), fará o duelo contra a atual campeã do mundo, França, no Estádio 974, às 13h. Encerrando sua participação no Grupo D, a Dinamarca encara a Austrália na quarta-feira seguinte (30), no estádio Al Janoub, às 12h.

O que você precisa saber sobre a política na Dinamarca

A Dinamarca funciona como uma monarquia constitucional parlamentarista a unitária. Em Copenhague, sua capital, a Rainha Margarida II serve como chefe de Estado e divide o poder com a primeira-ministra Mette Frederiksen, chefe de governo. Os moldes da divisão de poder são muito parecidos com os do Reino Unido. O país ainda goza de poderes Legislativo e Judiciários independentes, e entrou na União Europeia em primeiro de janeiro de 1973.

O que você precisa saber sobre a história da Dinamarca

O território da atual Dinamarca foi colonizado por povos nórdicos, famosos por adotarem a cultura viking, entre os séculos VIII e X. O Reino da Dinamarca foi unido no ano 958 pelo rei Haroldo Dente-Azul e a partir do século XI começaram a colonizar diversos lugares da Europa, sobretudo na ilha da Grã-Bretanha, em história contada – é claro que com recursos de ficção – na famosa série “Vikings”.

Os dinamarqueses controlaram durante a idade média territórios onde hoje estão Inglaterra, Alemanha, Noruega, Suécia e Islândia. Com a Noruega, inclusive, houve uma união territorial sob o mesmo reino, que durou até 1814. Após alguns conflitos nos quais a Dinamarca perdeu territórios para alemães, prussianos e até para a França de Napoleão, o território dinamarquês se consolidou, próximo do que conhecemos hoje nos mapas, em 1864.

No século XX, a Dinamarca se declarou neutra na Primeira Guerra Mundial e não participou do conflito. No entanto, na Segunda Guerra Mundial foi invadida pela Alemanha nazista e esteve sob ocupação durante todo o conflito até ser libertada pelos aliados no fim de 1944. A resistência interna contra a ocupação foi grande, pouquíssimos dinamarqueses apoiavam os nazistas.

O que você precisa saber sobre a economia da Dinamarca

A Dinamarca tem o sexto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto registrado no mundo em 2021: 0,948. Além disso, com uma população de aproximadamente 6 milhões de pessoas, apresentou um PIB de quase 400 bilhões de dólares, o que a coloca com uma renda per capita bem alta, de quase 70 mil dólares. O país apresenta baixos índices de pobreza.

A economia dinamarquesa depende do comércio exterior, especialmente com vizinhos da União Europeia. Suas exportações equivalem a um terço do PIB e, desde o fim da Segunda Guerra Mundial a produção industrial supera a produção agrícola. Desde o início do presente século as exportações industriais equivalem a mais de 80% das exportações totais. A indústria química é uma das que mais se destaca ao lado da alimentícia.

O que você precisa saber sobre a Cultura da Dinamarca

Para além de toda a parafernália histórica relacionada aos vikings de dez séculos atrás, a Dinamarca é conhecida como um país que tem seus artistas, escritores e filósofos, além de uma mentalidade aberta e pouco conservadora. Por exemplo, o país foi o primeiro a legalizar a pornografia, em 1969 e o primeiro a introduzir em sua legislação, em 1989, o casamento igualitário.

Na literatura seu principal nome internacional é Hans Christian Andersen, autor de fábulas e contos de fadas como As Roupas Novas do Imperador e Patinho Feio. Na filosofia, o principal nome dinamarquês é o do filósofo Soren Kierkegaard, criador do existencialismo cristão.

A seleção da Dinamarca: Os jogadores que vão participar da Copa

Assim como a Bulgária em 1994, a Croácia em 1998 e 2018 ou a Turquia em 2002, a Dinamarca é uma forte candidata a ser “a surpresa” da Copa do Mundo do Catar. Para chegar a uma inédita quarta de final, e, quem sabe, ir até mais longe, o técnico Kasper Hjulmand conta um elenco experiente, com jogadores que atuam nos principais mercados europeus.

Entre os goleiros ele contra com Kasper Schmeichel (Nice-FRA), Oliver Christensen (Hertha Berlim-ALE) e o provável titular Frederik Ronnow, do Union Berlin, pequeno clube da porção oriental da capital alemã que está no melhor momento da sua história, mantendo-se firme e forte na primeira divisão do Campeonato Alemão (Bundesliga).

Na defesa o principal destaque é o lateral-direito Alexander Bah, do Benfica, uma das revelações do futebol dinamarquês. Além dele também está o zagueiro Andreas Christensen, do Barcelona. Se juntam a eles no setor jogadores que atuam na Itália, Inglaterra, Turquia e na própria Dinamarca.

Entre os meio-campistas, os principais destaques são Robert Skov, do Hoffenheim (Alemanha) e Christian Norgaard, do Brentford (Inglaterra). Pierre-Emile Hojbjerg (Tottenham-ING), Thomas Delaney (Sevilla-ESP), Christian Eriksen (Manchester United-ING) e Mathias Jensen (Brentford-ING) completam a lista para o setor.

Para o ataque, a principal aposta de gols jaz em Yussuf Poulsen, de 28 anos, que atua desde 2013 no RB Leipzig, da Alemanha, onde já marcou 81 gols em 220 jogos. Além disso ele marcou, até junho de 2022, 11 gols em 68 partidas pela seleção dinamarquesa.