A argelina Kaylia Nemour conquistou neste domingo (4), nos Jogos Olímpicos de Paris, o primeiro ouro da história do continente africano na ginástica olímpica.
Ela obteve a incrível marca de 15.700 pontos em sua apresentação nas barras assimétricas. Qiu Qiyuan, da República Popular da China, garantiu a prata com 15.500. A norte-americana Sunisa Lee levou o bronze com 14.800 - o Brasil não teve representantes na final.
Te podría interesar
O que está por trás da história de Kaylia Nemour, no entanto, é o melhor de tudo. Após uma série de desentendimentos com a Federação Francesa de Ginástica, ela deixou a equipe do país em que nasceu para passar a competir pela Argélia, pátria do seu pai.
Briga longa
Nemour não conseguiu se desligar da equipe francesa com facilidade. Regras internacionais indicam que os ginastas devem obter uma carta de liberação de sua antiga federação para competir sob uma nova bandeira ou enfrentar um atraso de um ano. Ela só foi liberada graças à intervenção do ministro dos Esportes francês, no ano passado, quando enfim, conseguiu disputar o campeonato mundial de 2023.
Te podría interesar
Lá, em outubro, ela ganhou a medalha de prata nas barras assimétricas aos 16 anos. O resultado foi extremamente significativo para a ginástica africana. Ela afirmou que só se deu conta disso ao começar a receber uma enxurrada de mensagens e pedidos de entrevista. "Foi um choque", disse ela. "Havia tanto apoio da Argélia que estou muito feliz em representar o país."
O ouro agora, em Paris, é um feito transformador tanto para a sua carreira quanto para a ginástica olímpica do continente africano.