PARIS 2024

Natação pode trazer as primeiras medalhas do Brasil nas Paralimpíadas

José Ronaldo já está na final de sua prova; medalhistas Gabriel Araújo e Carol Santiago são esperanças de pódio para o país

Gabriel Araújo foi porta-bandeira na cerimônia de abertura e é esperança de medalhas para o Brasil nas ParalimpíadasCréditos: Alessandra Cabral/CPB
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No primeiro dia das competições das Paralimpíadas de Paris 2024, o Brasil pode conquistar suas primeiras medalhas em uma modalidade que é a segunda que mais trouxe conquistas nos Jogos.

A natação tem o segundo maior número de atletas, são 37 representantes do país. E já trouxe 125 medalhas para o Brasil, 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes.

Se depender dos resultados recentes, o torcedor brasileiro pode ficar otimista. No Mundial da Ilha da Madeira, em 2022, a delegação ficou na terceira colocação no evento, com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.

No dia de estreia, José Ronaldo, de 43 anos, já está garantido na final dos 100m costas, categoria S1, para atletas com severos comprometimentos nos quatro membros ou com graves lesões medulares.

Os outros brasileiros vão disputar as eliminatórias, a partir das 4h30, para buscar uma vaga nas finais, que serão disputadas a partir das 12h30.

Gabriel Araújo na piscina

Um dos destaques da delegação brasileira é o mineiro Gabriel Araújo, 22, que foi porta-bandeira do país na cerimônia de abertura e compete nos 100m costas da classe S2 (limitações físico-motoras). Ele nasceu com focomelia, doença que impede a formação de braços e pernas, e já tem duas medalhas de ouro e uma de prata em Paralimpíadas.

“Vai ser uma correria boa. Um momento único e uma emoção muito grande. Estou mais preparado para nadar do que para a cerimônia [risos]. Meu treinador [Fábio Antunes] sempre pensa com antecedência. Sempre nos antecipamos às situações e já estava no meu planejamento participar da abertura, independentemente de nadar no dia seguinte ou não. E uma oportunidade como essa não tem como recusar. É um sonho estar vivendo tudo isso”, disse ele, em entrevista ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Outra medalhista na piscina é Carol Santiago, que compete nos 100m borboleta da categoria S13, para nadadores com deficiência visual menos severa dentro da classificação. Ela tem síndrome de Morning Glory, uma alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão.

Até o fim de 2018, Carol praticou natação convencional e então migrou para o esporte paralímpico. Detentora de três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze em Paralimpíadas, é a atual recordista mundial dos 50m livre, com 26s65, registrados em 2023.

Natação brasileira nas Paralimpíadas

Confira a agenda dos brasileiros nesta quinta-feira (29).

4h30 – Andrey Madeira – 400m Livre (S9)
4h59 – Gabriel Araújo – 100m costas (S2)
5h28 – Gabriel Bandeira – 100m borboleta (S14)
5h35 – Ana Karolina Oliveira – 100m borboleta (S14)
5h43 – Mayara Petzold – 50m livre (S6)
5h51 – Phelipe Rodrigues – 50m livre (S10)
5h57 – Mariana Gesteira – 50m livre (S10)
6h11 – Carol Santiago e Lucilene Sousa – 100m borboleta (S13)
6h31 – Lídia Cruz e Esthefany Rodrigues – 200m livre (S5)