Após o atleta brasileiro Fernando Ferreira, do decatlo, expressar seu descontentamento nas redes sociais com o material de competição, a crítica aos uniformes do Brasil nas Olimpíadas tomou conta das redes sociais desde a última segunda-feira (22). Competição do atletismo que conta com dez provas diferentes, o decatlo exige uniformes e sapatilhas distintos para ser completado, mas Ferreira, também conhecido como Balotelli, recebeu apenas três jogos de uniformes.
“Irei passar mais de 20 horas na pista de atletismo, dois dias de competição divididos em 4 etapas, e recebi como material uma regata, um macaquinho e um shorts. Assim que acabarem as provas no primeiro dia tenho que correr para a vila para lavar o material, ou vou competir sujo”, disse.
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Em entrevista ao GE, Ferreira se disse surpreendido com a repercussão do caso. "Não esperava essa repercussão toda, até porque não era essa a intenção. Eu acabei fazendo um desabafo e tomou toda essa repercussão. Mas foi bom porque foi um aviso pra provar para a confederação que os atletas também têm boca para falar e voz. Hoje temos o recurso da internet que é muito importante", afirmou Balotelli.
Nesta terça-feira (23), o atleta gravou um vídeo no Instagram se pronunciando oficialmente sobre o ocorrido. Ele afirmou que o problema já foi solucionado e, agora, prefere se concentrar na competição dos Jogos Olímpicos, que considera "a competição mais importante da sua vida".
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“Muita coisa mudou depois do meu desabafo sincero nas redes sociais. O problema com as sapatilhas e o uniforme foram resolvidos. Recebi doações de sapatilhas e os próprios responsáveis pela seleção brasileira também fizeram a entrega do material extra, de algumas sapatilhas e um tênis”, disse. “Se vocês lerem o texto, podem interpretar da maneira certa. Reclamei do material de competição, não do enxoval e nem do kit que foi cedido. Nem relaciona COB, nem Governo e nem outras instituições, foi muito direto o que falei. Peço que não liguem a outras situações, foi um desabafo direto sobre a minha pessoa e a minha situação.”
Balotelli reforça que a crítica se referiu à situação dele como atleta. “Só para deixar um aviso a todo mundo que está juntando alguns assuntos, a questão se referiu a minha pessoa e a minha situação porque eu sou o único atleta de prova combinada que está indo para os Jogos Olímpicos de Paris”, comentou.
Independente de gostos e preferências de estilo, o fato é que as vestimentas nacionais para as cerimônias de abertura e encerramento da competição foram feitas por uma rede de fast fashion e não por um estilista. E o que não falta no nosso país são bons designers de moda. Os críticos brasileiros consideram os trajes destinados para a abertura pouco sofisticados e simples demais quando comparados ao de outras delegações, como Mongólia, Estados Unidos, França e Itália, que são assinados por grandes designers. Entenda mais nesta reportagem da Fórum.