O Brasil encerrou sua participação no Mundial de Judô de Abu Dhabi sem medalhas no individual, a primeira vez que isso acontece desde 2009. De lá pra cá, o país havia garantido ao menos um pódio em cada edição. Foi a última grande competição da modalidade antes dos Jogos Olímpicos de Paris.
Nesta sexta-feira (24), último dia do torneio, a delegação do país buscou uma última chance de medalha na categoria de equipes mistas, mas parou nas oitavas de final ao ser derrotada pelo Uzbequistão, que venceu quatro lutas contra duas do Brasil.
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No penúltimo dia do Mundial, Beatriz Souza, na categoria 78kg, foi derrotada pela neerlandesa Karen Stevenson nas oitavas de final. A judoca brasileira tem medalhas nos três Mundiais anteriores, uma prata e dois bronzes. Atualmente, figura como quinta colocada no ranking mundial da categoria e é uma das apostas de pódio para as Olimpíadas de Paris.
Outros dois brasileiros foram derrotados na segunda fase no mesmo dia. Leonardo Gonçalves, oitavo do ranking na categoria 100kg, foi derrotado pelo russo Arman Adamian, que conquistou o ouro. Rafael Buzacarini, ranqueado como 20º, foi derrotado pelo espanhol Nikoloz Sherazadishvili, detentor de dois ouros em Campeonatos Mundiais.
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Vagas do judô em Paris 2024
O Mundial de Abu Dhabi serviu para o judoca Michel Augusto, de 19 anos, garantir vaga em Paris 2024. Após vencer duas lutas e parar nas oitavas de final, quando foi derrotado pelo vice-campeão olímpico Yeldos Smetov, do Cazaquistão, ele acumulou 220 pontos no ranking, assegurando a classificação.
Michel Augusto foi medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023, disputados em Santiago (Chile), venceu o Campeonato Pan-Americano e Oceania do Rio de Janeiro e ficou com a prata no Grand Prix de Portugal 2024.
Agora, a equipe brasileira já tem todos os nomes definidos no masculino, restando três possibilidades pendentes na equipe feminina (48kg, 63kg e 70kg).