PARIS 2024

Nas Olimpíadas, Hugo Calderano quer fazer história com medalha inédita no tênis de mesa

Oitavo no ranking mundial da modalidade, mesatenista brasileiro busca primeiro pódio do país em uma modalidade amplamente dominada pela China

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O mesatenista brasileiro Hugo Calderano, oitavo no ranking mundial da modalidade, busca em Paris 2024 um feito inédito para o Brasil: a primeira medalha olímpica em uma modalidade amplamente dominada pela China.

Desde a inclusão do tênis de mesa no programa olímpico, nos Jogos de Seul, em 1988, os chineses conquistaram 60 das 115 medalhas distribuídas na modalidade, 32 de ouro, 20 de prata e 8 de bronze.

Nenhuma nação das Américas subiu ao pódio e o sueco Jan-Ove Waldner permanece como o único atleta não-asiático a obter uma medalha de ouro em qualquer evento do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos, feito conquistado em Barcelona, 1992.

Resultados recentes, no entanto, mostram que Calderano pode surpreender. No WTT Champions Incheon 2024, competição disputada no final de março pelos mesatenistas mais bem ranqueados do mundo, o brasileiro venceu o bicampeão mundial em simples (2021 e 2023), prata em Tóquio 2020 e atual número dois do ranking, Zhendong Fan na semifinal.

"Acho que isso mostra a mim e talvez a todos os outros que alguns jogadores podem bater os mesatenistas chineses. É sempre bom ver isso, talvez possamos chegar um pouco mais perto e talvez tenhamos alguma chance de derrotar os chineses nos Jogos Olímpicos", disse Calderano ao site Olympics.

No mesmo torneio, o brasileiro derrotou outro top 5, o fenômeno francês Felix Lebrun, de 17 anos, quinto colocado.

A terceira participação olímpica de Calderano

Aos 27 anos, Hugo Calderano vai disputar pela terceira vez uma edição de Jogos Olímpicos. Sua estreia foi na Rio 2016.

"Eu era muito jovem, por volta do 50° do mundo, foi na minha cidade natal, acho que eu tive um ótimo desempenho", ele se recorda, na entrevista à Olympics. "Cheguei às oitavas de final, vencendo dois oponentes fortes, mas logicamente é difícil sonhar com uma medalha quando você é o número 50 do mundo."

Já na edição de Tóquio, o mesatenista brasileiro foi eliminado nas quartas de final. Agora, acredita estar mais preparado para chegar o pódio. "Estou mais forte fisicamente, mais forte tecnicamente, logicamente estou mais experiente. E estarei mais preparado, também mentalmente, para lutar por uma medalha em Paris."