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Copa do Mundo de futebol feminino: Brasil será sede do evento pela primeira vez

País foi escolhido na madrugada desta sexta-feira (17) pela Fifa para sediar a edição de 2027

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O Brasil será sede pela primeira vez na história de uma Copa do Mundo de futebol feminino. Na madrugada desta sexta-feira (17), a Fifa anunciou durante seu congresso, que a candidatura do país obteve 119 votos contra 78 da candidatura conjunta de Alemanha, Holanda e Bélgica.

A 10 ª edição da Copa do Mundo Feminina será realizada em 2027 e contará com 32 países. Os jogos serão disputados em dez cidades brasileiras. O torneio já foi disputado na China, Suécia, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França e Austrália-Nova Zelândia.

"Vivemos hoje um dia histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial. Garanto a todos vocês que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo Feminina da história", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no evento.

Foi também a primeira vez que todas as mais de 200 federações nacionais filiadas à Fifa puderam participar da eleição. A decisão, antes, era tomada pelos 36 integrantes do antigo Comitê Executivo. Os quatro países candidatos não votaram.

Uma escolha natural

A campanha brasileira para sediar o evento foi impulsionada pelo slogan "Uma Escolha Natural", um trocadilho que sublinha tanto a infraestrutura do país, consolidada desde a realização da Copa do Mundo de futebol masculino em 2014, quanto o compromisso com a sustentabilidade ambiental. As peças promocionais enfatizaram a preparação dos estádios, aeroportos e redes hoteleiras, além da hospitalidade e acolhimento do povo brasileiro.

Também foi destacado o crescimento do futebol feminino no país. A modalidade tem se destacado tanto como esporte quanto como produto comercial, atraindo maior interesse de marcas e registrando uma audiência televisiva de mais de 69 milhões de espectadores durante a Copa do Mundo de 2023.

O fenômeno ocorre não apenas no Brasil, já que o futebol feminino vem conquistando cada vez mais visibilidade mundial. A Copa do Mundo de 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, teve a presença recorde de 1,98 milhão de torcedores nos estádios, com um público de 75.784 pessoas na vitória da Espanha sobre a Inglaterra na final.

Os EUA são os maiores campeões do torneio, com quatro títulos. A Alemanha foi campeã duas vezes e Japão, Noruega e Espanha tem um título cada. A melhor campanha da seleção brasileira feminina em Copas do Mundo aconteceu em 2007, na China, quando o time que contava com Marta, Formiga e Cristiane foi vice-campeão.

Impacto econômico da Copa do Mundo de futebol feminino

Com a realização do Mundial de futebol feminino, a Federação de Futebol da Austrália anunciou em março deste ano que o impacto econômico gerado pelo evento foi de AUS$ 1,32 bilhão (R$ 4,27 bilhões). De acordo com o relatório pós-torneio "Legacy’ 23", foram 86.654 visitantes internacionais por conta da Copa.

O levantamento aponta que o torneio teria reduzido os custos de saúde em AUS$ 324 milhões (R$ 1,05 bilhão), devido ao aumento da atividade física na sociedade. A seleção australiana de futebol feminino teve um valor de mídia gerado no total de AUS$ 2,78 bilhões (R$ 8,98 bilhões).