A Fifa divulgou nesta quinta-feira (16), orientações para que as 211 federações nacionais incluam em seus regulamentos os crimes de racismo cometidos contra jogadores de futebol também como infrações disciplinares.
Além disso, a entidade propõe a adoção de um gesto padronizado globalmente para que os jogadores comuniquem incidentes racistas aos árbitros, as mãos cruzadas na altura dos pulsos e levantadas no ar.
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, havia prometido há meses fazer uma proposta para ratificar o compromisso de combate ao racismo e consultou atletas, entre eles o jogador brasileiro do Real Madrid Vinicius Junior, alvo em diversas ocasiões de insultos racistas por parte de torcedores na Espanha.
“Chegou a hora de o futebol se unir para se comprometer inequivocamente como uma comunidade global para abordar a questão do racismo no jogo”, disse a Fifa na carta endereçadas às federações.
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Paralisação do jogo após denúncia de racismo
Foi estabelecido ainda um protocolo de três etapas após a denúncia de ato racista ser feita por algum jogador.
Assim que tomar conhecimento, o árbitro primeiro deve repetir o gesto de mãos cruzadas, assim como sinaliza para verificar o VAR em lances duvidosos. O jogo é pausado e são transmitidos alertas no estádio pelos meios disponíveis para que cessem os insultos racistas.
Caso o comportamento criminoso prossiga, o árbitro deve determinar a suspensão temporária do jogo, com a retirada dos times de campo e emissão de novos avisos no estádio. Se ainda assim as agressões prosseguirem, a partida será encerrada e decretada a derrota do time cuja torcida for a responsável pelos insultos.
Segundo a Fifa, será criado um painel de jogadores que irá “monitorar e aconselhar sobre a implementação destas ações em todo o mundo”.