A Federação Alemã de Futebol (DFB) informou, na segunda-feira (1º), que mandou redesenhar o número “4” nas camisas da seleção, depois de uma série de críticas que apontaram a semelhança do dígito com um símbolo nazista.
A DFB observou que usuários de redes sociais passaram a utilizar um serviço de personalização online para criar camisas com o número “44” e destacando a analogia com o logotipo da Schutzstaffel, ou SS.
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A entidade divulgou um documento em que afirma que já havia submetido os números 1 a 26 ao órgão dirigente do futebol europeu, a Uefa, para revisão, e que “nenhuma das partes envolvidas viu qualquer proximidade com o simbolismo nazista no processo de criação da camisa”.
A federação destacou, ainda, que está levando o assunto “muito a sério” e desenvolvendo “um design alternativo” para o número.
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Apesar de o número 44 não ser utilizado com frequência por seleções masculinas e femininas da Alemanha, a Adidas, fornecedora oficial de uniformes, autorizou que os clientes personalizassem as camisas com um número, de 00 a 99, e um nome de até 10 letras.
De acordo com informações da Reuters, o porta-voz da Adidas, Oliver Bruggen, afirmou à mídia alemã que a empresa iria “bloquear o número 44 o mais rápido possível”.
“Como empresa, nos opomos ativamente à xenofobia, ao antissemitismo, à violência e ao ódio em qualquer forma”, disse ele.
A partir desta terça-feira (2), a opção para personalizar as camisas da seleção Alemanha não existe mais nos sites da Adidas, mas continua a valer para uniformes de outras nações.
Há cerca de 15 dias, a DFB anunciou que a Nike será a substituta da Adidas como fornecedora oficial de camisas da seleção alemã de futebol a partir de 2027.
A Adidas é responsável por confeccionar as camisas do país desde a década de 1950, período em que a seleção masculina venceu quatro Copas do Mundo.
SS foi criada por Hitler
A Schutzstaffel, ou SS, foi criada por Adolph Hitler e classificada como os “soldados políticos” do Partido Nazista. Assumiu inúmeras funções militares, de policiamento e segurança, incluindo a supervisão da Gestapo (polícia secreta da Alemanha nazista).
No momento em que nazistas chegaram ao poder, a SS havia se desenvolvido de uma pequena unidade com menos de 300 pessoas para uma organização com mais de 50 mil. Chegou a administrar campos de concentração, como Auschwitz.