Com uma trajetória vitoriosa no esporte, que inclui o título de campeão do UFC, na categoria dos pesos-pesados, o brasileiro Fabrício Werdum, fez um desabafo dramático a respeito de sua saúde. O lutador lida com lesão no cérebro “impossível de operar” por causa da quantidade de combates que realizou e de pancadas que sofreu na cabeça.
As declarações de Werdum foram feitas em meio ao processo antitruste (mecanismo de intervenção estatal para situações de abuso do poder econômico, por meio de atuações impositivas e limitando as liberdades individuais), contra UFC.
Te podría interesar
Os atletas alegam práticas ilegais da direção do UFC para manter o monopólio do mercado. O jornalista John Nash divulgou cartas de lutadores para encerrar a ação, que recebeu o nome de “Caso Le”.
Uma das mensagens que chamou muito a atenção foi a de Werdum. O lutador brasileiro conta os inúmeros problemas de saúde e reforça que uma indenização para a continuidade de sua vida é imprescindível.
Te podría interesar
Outros atletas, além de Werdum, encaminharam relatos a respeito do acordo sugerido pelo UFC no processo, como os também brasileiros Lyoto Machida e Roger Gracie.
Os atletas relatam, no processo contra o Ultimate, problemas financeiros e de saúde decorrentes do período em que estiveram em ação. A organização ofereceu um acordo de cerca de US$ 375 milhões (R$ 2 bilhões) para encerrar o caso. O julgamento será realizado só em 2025.
Leia um trecho da carta de Fabrício Werdum
“Enquanto lutava pelo UFC, sofri muitas concussões. Temo que durante a minha carreira tenha sofrido traumatismo cranioencefálico (TCE) e esteja notando sintomas comuns com TCE e CTE (encefalopatia traumática crônica), incluindo irritabilidade, raiva, ansiedade, insônia e perda de memória. Tenho muitas lesões e cicatrizes no cérebro e tenho um cisto localizado centralmente no cérebro, tornando a cirurgia até agora impossível. Monitoro esse cisto com exames semestrais para determinar se ele está crescendo. Até o momento, nenhum tratamento para CTE foi encontrado. (O acordo) seria realmente um dinheiro que mudaria a minha vida. Esses fundos também permitiriam que eu e minha família concluíssemos a construção da nossa casa no Brasil”.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.