No rastro da descoberta de equipamentos de espionagem na sala da presidência do Corinthians, um dia após a reportagem da Folha revelar o ocorrido, o ex-presidente Duilio Monteiro Alves tomou uma atitude incisiva, registrando um boletim de ocorrência para que o caso seja investigado.
A revelação dos dispositivos ocultos, encontrados durante uma varredura ordenada pela atual gestão de Augusto Melo, deu início a uma trama que agora se desdobra em questões de segurança e transparência no clube alvinegro. O ex-mandatário, Duilio Monteiro Alves, manifestou a suspeita de que tenha sido o alvo do monitoramento oculto, uma conjectura que ganhou força após a decisão de formalizar a denúncia às autoridades.
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Em declarações à Folha na última quarta-feira (10), Duilio expressou suas desconfianças, afirmando que, se havia algo, "certamente o alvo era eu." Em entrevista ao GE nesta quinta-feira (11), o ex-cartola criticou a postura da atual gestão, classificando como "inadmissível" a falta de ação da nova diretoria em comunicar a polícia sobre o incidente.
Duilio enviou uma nota ao GE enfatizando a importância de esclarecer os fatos. Na nota, ele destacou que "é imprescindível saber a verdade desses fatos" e ressaltou que recorreu às autoridades competentes, apontando que esta deveria ter sido a atitude desde o início.
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Os equipamentos de espionagem foram descobertos durante a varredura determinada por Augusto Melo, com pelo menos três dispositivos encontrados no mesmo andar onde está localizada a sala da presidência. A assessoria de imprensa do clube confirmou a descoberta e emitiu uma nota breve, expressando que a "nova administração lamenta, mas não se surpreende com o ocorrido."
Detalhes revelados sobre a localização dos equipamentos impressionam, um deles estava discretamente posicionado atrás de um quadro, outro camuflado em um interruptor de tomada, e o terceiro, sorrateiramente escondido debaixo da mesa da secretária da presidência.
Além dos membros da nova diretoria, os locais onde os dispositivos foram encontrados são frequentados por empresários de atletas e executivos de empresas parceiras ou em negociação com o clube. Até o momento, o atual presidente, Augusto Melo, optou por não registrar um boletim de ocorrência, temendo, segundo fontes próximas, ser acusado de plantar os equipamentos para criar uma notícia.