O argentino Diego Dal Santo, fanático pelo craque argentino Maradona, publicou a obra "O Diego em números", na qual reúne estatísticas e informações que passaram despercebidas pelo público geral. Segundo o autor, "Diego foi o último grande jogador da etapa anterior à globalização da internet", o que dificultou o registro de seus números, partidas e gols.
O pontapé inicial surgiu da falta de informações sobre o ídolo: "Ele não tinha suas estatísticas completas porque faltavam detalhes e se desconheciam os amistosos ou partidas que ninguém tem registros", explica. O período de atuação no Napoli é o que menos possui dados, segundo ele.
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Nos arquivos coletados, Dal Santo descobriu que o jogador, apelidade de "El pibe de oro" (O garoto de ouro) marcou gols com diferentes partes do corpo. A "Mão de Deus", imortalizado nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986 contra a Inglaterra, não teria sido o único gol de mão anotado pelo craque. "Ele usava esse recurso como uma extensão de seu corpo", conta o autor.
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Entre outras estatísticas, também descobriu que Maradona trocou de camisa com adversários 120 vezes. Os únicos rivais que conseguiram sua camiseta mais de uma vez foram Antonio Cabrini, a quem apelidou de "El Divino", e seu amigo próximo, Claudio Cannigia, carrasco do Brasil na Copa de 1990.
Conhecido por ser uma pessoa amigável, Diego Armando Maradona participou de 36 eventos de arrecadação de fundos ou de despedida de futebolistas. O livro conta sobre o episódio em que, após vencer a Juventus pelo placar mínimo com seu gol, viajou a um evento beneficente da Unicef, em que jogou de goleiro no campo de terra.
Maradona atuou profissionalmente de 1976 a 1997. Jogou 589 partidas oficiais por clubes, 91 pela seleção da Argentina e 241 amistosos. Além da camisa 10, usou outros nove números em três clubes diferentes, seleção juvenil e seleção argentina. O craque faleceu em novembro de 2020, aos 60 anos.