Em depoimento à polícia, o atacante Pedro, do Flamengo, relatou como foi a agressão que sofreu no último sábado (29) pelo preparador físico do clube, Pablo Fernández.
Segundo o jogador, ele estava no vestiário conversando com familiares pelo celular, logo após a vitória contra o Atlético-MG em Belo Horizonte, quando foi abordado por Fernández.
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De acordo com o boletim de ocorrência, o preparador físico questionou por que o jogador havia deixado o aquecimento na beira do gramado nos minutos finais da partida. Em seguida, Fernández deu tapas no rosto de Pedro. O atacante, então, afastou a mão de Fernández, mas acabou levando um soco no rosto logo em seguida. Pedro afirmou que outros jogadores do Flamengo tiveram que intervir para conter o preparador físico.
Denúncia pelas redes
A primeira manifestação de Pedro sobre o caso ocorreu em uma rede social, antes mesmo de registrar a queixa à polícia. Em sua publicação, ele denunciou ter sido covardemente agredido e também expressou sua insatisfação com o tratamento da comissão técnica do Flamengo, liderada pelo treinador Jorge Sampaoli. Atualmente na reserva, Pedro não entrou em campo no sábado.
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"Poderia estar aqui falando sobre os poucos minutos que tenho recebido nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais sério do que qualquer coisa que possa acontecer dentro das quatro linhas. Fui covardemente agredido, sem motivo e de forma inexplicável, com um soco no rosto", escreveu Pedro. "A agressão física se somou à covardia psicológica que venho enfrentando nas últimas semanas."
Pedido de desculpas
Neste domingo, por meio de uma nota, o preparador físico apresentou suas desculpas e lamentou ter reagido da pior maneira possível.
"Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e agi errado", diz a nota. "Certamente, se eu tivesse divergências com o Pedro, deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma. Vou me esforçar para que isso aconteça. Vou trabalhar para mudar e ser melhor."
O técnico Jorge Sampaoli também se pronunciou sobre a confusão neste domingo. "Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam. A história me mostrou que a única solução é o diálogo", escreveu o treinador.
A confusão ocorreu no vestiário do estádio Independência, em Belo Horizonte, onde o time carioca venceu por 2 a 1 pelo Brasileirão.
O jogador prestou queixa na madrugada deste domingo na Central Estadual do Plantão Digital, da Polícia Civil, e foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame. O laudo apontou lesões no rosto e na boca do atleta.
Com informações do g1