A seleção brasileira de futebol feminino não terá vida fácil na Copa do Mundo, que está sendo realizada na Austrália e na Nova Zelândia. A equipe orientada pela técnica sueca Pia Sundhage estreia nesta segunda-feira (24), às 8 horas (de Brasília), contra o Panamá.
O Brasil tem larga tradição no futebol feminino em competições sul-americanas. A prova é que já conquistou oito títulos da Copa América Feminina. Porém essa força não se traduziu ainda quando se fala em Copa do Mundo. O melhor resultado da equipe foi o vice-campeonato em 2007.
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Nas partidas preparatórias para o Mundial, a seleção tevê altos e baixos. Perdeu para Japão, Canadá e Estados Unidos, mas venceu, em seguida, Alemanha e Chile.
"Estamos muito felizes com os dois últimos resultados porque ganhamos muita confiança. Podemos apenas olhar um para o outro e sabemos que é um pouco diferente de um ano atrás", afirmou Pia, durante coletiva, neste domingo (23).
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A treinadora aproveitou para dar sua receita de sucesso para as jogadoras brasileiras: “O mais importante é não tomarmos nada como garantido e, por favor, aproveitem o jogo. Se montarmos um belo ataque e uma defesa muito sólida, então temos a chance de jogar muitos jogos, ir até a final, na verdade”.
Os demais jogos da seleção na primeira fase da Copa são contra a França, dia 29 de julho, às 7 horas, e diante da Jamaica, 2 de agosto, também às 7 horas.
Quem é Pia Sundhage
Antes de ser treinadora, Pia Sundhage teve uma carreira de sucesso como atacante, conquistando 146 convocações pela seleção nacional da Suécia e marcando 71 gols.
Contudo, foi na área técnica que ela obteve mais sucesso, em especial sob o comando da equipe dos EUA. Sob sua liderança, a equipe estadunidense conquistou duas medalhas de ouro olímpicas, em 2008 (Pequim) e 2012 (Londres).
Após deixar a equipe dos EUA, Pia assumiu a seleção feminina da Suécia de 2012 a 2017. Ela levou o país a conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, onde perderam para a Alemanha na final. A treinadora também trabalhou em clubes de futebol.
Em 2019, Pia assumiu a seleção feminina do Brasil e se tornou um símbolo da profissionalização do esporte no país. A contratação de uma mulher sueca para comandar a equipe foi vista como uma evolução para o futebol feminino no país.
O estilo Pia
O estilo tático de Pia é conhecido por enfatizar o jogo ofensivo, posse de bola e uma abordagem de futebol atraente. Ela acredita em jogar um futebol envolvente, com passes rápidos e precisos, movimentação constante e criatividade no ataque.
Pia costuma montar suas equipes em formações ofensivas, como o 4-3-3 ou o 4-2-3-1, buscando controlar o jogo no meio-campo e criar oportunidades de gol. No Brasil, ela tem adotado o 4-4-2, com uma variação para o 4-4-1-1, com atacantes articuladoras, alta compactação e transição defensiva com intensidade.