FUTEBOL FEMININO

Quem é Pia Sundhage, a treinadora do Brasil na Copa do Mundo Feminina

Conheça o perfil da treinadora sueca que comanda a amarelinha desde 2019

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Pia Sundhage estará na área técnica da seleção brasileira no dia 24 de julho de 2023, quando comandará a amarelinha em sua estreia na Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023.

A sueca, considerada uma das melhores treinadoras do planeta é a principal comandante da esquadra verde-amarela no último ciclo de Copa do Mundo.

Em 2019, após um péssimo desempenho da seleção sob o comando do treinador Vadão e uma derrota humilhante contra a França, ficou claro que era necessária uma renovação para a canarinho.

Pia Sundhage foi a escolhida para comandar o projeto com as craques da amarelinha e tem feito um trabalho relativamente sólido desde então.

Quem é Pia Sundhage?

Antes de ser treinadora, Pia Sundhage teve uma carreira de sucesso como atacante, conquistando 146 convocações pela seleção nacional da Suécia e marcando 71 gols.

Contudo, foi na área técnica que ela obteve mais sucesso, em especial sob o comando da equipe dos EUA. Sob sua liderança, a equipe dos EUA conquistou duas medalhas de ouro olímpicas, em 2008 (Pequim) e 2012 (Londres). 

Pia ficou famosa ao cantar 'Anunciação', de Alceu Valença, no violão

Após deixar a equipe dos EUA, Sundhage assumiu a seleção feminina da Suécia de 2012 a 2017. Ela levou a Suécia a conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, onde perderam para a Alemanha na final. Sundhage também trabalhou como treinadora em clubes de futebol, incluindo uma passagem pelo clube sueco IFK Göteborg.

Em 2019, Pia assumiu a seleção feminina do Brasil e se tornou um símbolo da profissionalização do esporte no país. A contratação de uma mulher sueca para comandar a equipe foi vista como uma evolução para o futebol feminino no país.

Pia Sundhage - estilo

O estilo tático de Pia Sundhage é conhecido por enfatizar o jogo ofensivo, posse de bola e uma abordagem de futebol atraente. Ela acredita em jogar um futebol envolvente, com passes rápidos e precisos, movimentação constante e criatividade no ataque.

Sundhage costuma montar suas equipes em formações ofensivas, como o 4-3-3 ou o 4-2-3-1, buscando controlar o jogo no meio-campo e criar oportunidades de gol. No Brasil, Pia tem adotado um 4-4-2, com uma variação para o 4-4-1-1, com atacantes articuladores, alta compactação e transição defensiva de alta intensidade.

Ela valoriza a posse de bola como uma maneira de controlar o ritmo da partida e desgastar as equipes adversária, além de incentivar o counterpressing.

Brasil em Copas do Mundo Femininas - histórico

A seleção brasileira feminina participou de todas as edições da Copa do Mundo desde a primeira, em 1991. Seu melhor desempenho ocorreu em 2007, quando o torneio foi sediado na China. Naquela ocasião, o Brasil chegou à final, mas perdeu para a seleção da Alemanha por 2 a 0 e ficou com o vice-campeonato. Será que conseguiremos chegar ao topo do mundo na Austrália e Nova Zelândia?

Além da final em 2007, o Brasil alcançou as semifinais em duas outras ocasiões. Em 1999, nos Estados Unidos, a equipe foi eliminada nas semifinais pela seleção dos EUA, que se sagrou campeã. E em 2015, no Canadá, o Brasil novamente foi eliminado nas semifinais, dessa vez pela seleção do Japão, que acabou ficando com o vice-campeonato.

Com esperança na experiente Marta e em jogadoras mais jovens, como Bia Zaneratto, Pia garante que o Brasil terá um desempenho bom nesta Copa.