COPA DO MUNDO FEMININA

Autora do primeiro gol da Copa tem vários outros talentos; veja aqui

Hannah Wilkinson é jogadora do Melbourne City, um clube de futebol da cidade de Melbourne, na Austrália

Hannah Wikinson.Créditos: Photograph: Hannah Peters/Fifa/Getty Images
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A atacante Hannah Wilkinson, de 31 anos, fez história ao ser autora do primeiro gol da Copa do Mundo Feminina 2023. O gol ocorreu durante a partida da Nova Zelândia contra a Noruega, onde o país da Oceania teve vitória inédita em seis participações no torneio no triunfo por 1 x 0. 

Hannah Wilkinson é jogadora do Melbourne City, um clube de futebol da cidade de Melbourne, na Austrália. Para além do futebol, ela é uma artista cujo trabalho tem sido reconhecido. 

Hannah Wikinson se inspirou em animes para fazer os grafites. Créditos: Arquivo pessoal

Exposições das obras 

Ela foi selecionada para participar de uma exposição do Comitê Olímpico Internacional durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que foram adiados para 2021 devido à pandemia. Além disso, suas marcas podem ser vistas no muro do Eden Park, em Auckland, onde ocorreu a partida de abertura do evento na Oceania.

“Há momentos em que o futebol é realmente difícil, a pressão é alta. Passei por várias lesões. E é aí que minha arte realmente me salva de várias maneiras, destaca a atacante em entrevista o site do Comitê Olímpico Internacional. Pintar é uma das atividades preferidas dela. Suas obras já foram expostas em Lausanne, na sede do COI.

Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela foi selecionada para participar do programa de artistas olímpicos e teve suas obras foram exibidas também na Ágora Olímpica, localizada na estação de metrô Mitsokoshimae, na capital japonesa.

Convidada pela administração do Eden Park para criar um mural no principal estádio da capital da Nova Zelândia ano passado, como parte da contagem regressiva para a Copa do Mundo Feminina, Wilkinson revela que ama grafitar e utiliza os animes como inspiração. “Adoro capturar a ação o máximo possível e em detalhes. Sou muito inspirado por anime”.

O anime é um estilo japonês de pintura. Ela conta que cresceu assistindo Dragon Ball com seus irmãos e acredita que sua criatividade vem dessa inspiração.

Arte no muro do Eden Park, na Nova Zelândia. Créditos: Redes sociais

Uma forma de terapia

Para Hannah Wilkinson, a arte se tornou uma forma de terapia. Em 2018, ela sofreu uma grave lesão no joelho, rompendo o ligamento cruzado anterior. Apesar disso, ela se esforçou ao máximo e conseguiu disputar a Copa do Mundo de 2019, na França. A arte ajudou Hannah a lidar com esse período difícil, tanto física quanto mentalmente. Ela afirma que a arte a impediu de enlouquecer durante a recuperação e que foi o período mais difícil de sua vida.

Quando tudo começou?

Hannah Wilkinson tem uma relação com a pintura desde a infância e adolescência. Ela começou suas duas jornadas, futebol e artes plásticas, quando era muito jovem e se apaixonou pelas duas.

Ela apresentou obras sobre futebol, o desafio dos atletas de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio desafiados pela covid-19 e também expôs sobre uma tendência pós-moderna, o eSsports. A atacante é figura carimbada nas exposições da COI.

“Fiquei feliz com essa oportunidade. Essa é uma cultura de cultura pop e anime e, você sabe, eu costumava jogar um pouco com meus irmãos, então conheço a cultura e sei o que é a arte em torno disso e as formas e os personagens e tudo isso. Então, tenho trabalhado nisso e tem sido muito divertido. Adoro projetos em que tenho rédea solta. Esse é sempre o melhor tipo de projeto que posso ter, pois não há muitas restrições”

Participante das Olimpíadas de Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020, a autora do gol número 1 da Copa deste ano acredita que é essencial ter uma válvula de escape mental para atletas de alto rendimento. “É muito, muito significativo ser apresentado não apenas como atleta, mas também como artista, é realmente especial. Acho que humaniza, porque você não apenas vê como essas pessoas são impressionantes do ponto de vista atlético, mas também artisticamente especiais”.

“É muito, muito significativo ser apresentado não apenas como atleta, mas também como artista, é realmente especial. Acho que humaniza, porque você não apenas vê como essas pessoas são impressionantes do ponto de vista atlético, mas também artisticamente especiais”

*Com informações de Correio Braziliense

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