O técnico Tite, que comandou a seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo, decidiu processar o Craque Neto, comentarista da TV Bandeirantes, por injúria.
O treinador apresentou uma queixa-crime na Justiça de São Paulo em função de declarações do ex-jogador no programa "Os Donos da Bola", no dia 9 de dezembro de 2022, após a eliminação do Brasil para a Croácia no Mundial do Catar.
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Os advogados de Tite justificam a medida, mencionando termos usados por Neto em referência ao técnico: “filho de uma p...”, “desgraçado”, “sem-vergonha”, “burro”, “idiota”, “imbecil” e “vagabundo”.
Conforme a defesa, os termos formam um “conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas. Possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra” do treinador.
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“Tite, filho de uma p…, desgraçado! A culpa é do Tite! O Neymar deixou de bater o pênalti, o maior batedor de pênalti do mundo! Seu sem-vergonha! Você não merece estar aí! Você deveria deixar o Neymar bater o pênalti agora, porque se faz o gol ainda teria chance de o Alisson pegar e depois o Marquinhos fazer! Seu burro! Seu idiota! Acabar com o país, o país sofredor, o país que as pessoas pagam trezentos reais por uma camisa. Você levou a família sua, você não pensa no povo, nas pessoas que estão na rua, seu idiota! Você perdeu a Copa do Mundo mais fácil!”, declarou Neto.
Os advogados do ex-treinador da seleção querem que o comentarista seja enquadrado em dois artigos do Código Penal, 140 e 141, cuja pena é prisão de um a seis meses ou multa.
O valor pode ser elevado em um terço quando o crime é cometido na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, e pode ser triplicado quando divulgado em redes sociais.
Audiência do vídeo pode complicar Neto
A defesa de Tite ressaltou a grande audiência do vídeo com as ofensas feitas por Neto no YouTube, de acordo com o UOL.
“Totalizam-se - somente em reproduções via plataforma YouTube - 2.500.000 de reproduções do conteúdo injurioso, potencializando, em larga escala, o dano sofrido pelo querelante [Tite] em sua esfera de proteção da honra pessoal (dignidade e decoro)”, destacaram os representantes do treinador.