Preso na Catalunha, em uma penitenciária a 40 km de Barcelona, desde o dia 20 de janeiro, acusado de agressão sexual por uma jovem de 23 anos, Daniel Alves divide cela com outro brasileiro e utiliza toda estrutura do presídio Brians 2: piscina, disputa partidas de futebol, academia, miniquadras de squash e apresentações musicais e de teatro.
Daniel também distribui autógrafos e passeia pelo pátio, de acordo com o jornalista Renato Paim, que mora em Madrid e acompanha o caso do jogador. Ele explica que não se trata de privilégio para o brasileiro.
“Os presídios todos na Espanha visam a reabilitação e a socialização. Não é que ele vive com luxo, mas existem várias atividades que não são só para o Daniel Alves, mas para todos os condenados na Espanha”, relatou Paim, em entrevista à CNN.
“Há aulas, oficinas, quadras de futebol, alguns tem até cabelereiro, academia, jardim. E todas as instalações têm um certo conforto, porque o sistema espanhol visa a reabilitação, quer que os presos paguem por seus crimes mas, depois, possam voltar à sociedade de maneira melhor”, destacou.
Brians 2 também oferece aos detentos, desde estudos regulamentados, de alfabetização à universidade, a estudos não regulamentados, como ciência da computação novos idiomas. Os prisioneiros têm direito, também, a aulas de pintura, cerâmica e carpintaria; a aprender técnicas de jardinagem, horticultura e a praticar esportes, além de leitura, conforme o UOL.
Advogados do jogador vão pedir que ele deixe a prisão
Os advogados de defesa de Daniel Alves devem ingressar com um recurso, nesta segunda-feira (30), para solicitar que o jogador responda ao processo em liberdade.
A prisão temporária, que pode durar até dois anos, foi pedida porque havia o risco de Daniel fugir da Espanha.
O uso de tornozeleira eletrônica, a entrega de seus passaportes e, ainda, a possibilidade de Daniel se apresentar regularmente ao juiz são algumas propostas que a defesa deve apresentar no recurso.