O zagueiro Aykut Demir, capitão do time turco Erzurumspor, resolveu adotar um gesto polêmico para chamar a atenção sobre a comoção seletiva que parte do mundo vem expressando com relação à guerra entre Ucrânia e Rússia. Pouco antes de partida recente contra o Ankaragucu, válida pela segunda divisão do futebol da Turquia, o atleta se recusou a vestir uma camiseta com a inscrição "No war" ("sem guerra", em português") que estava sendo usada por outros jogadores.
Sua atitude gerou polêmica e inúmeras críticas. Ao jornal esportivo turco Fanatik, Demir explicou que o gesto não foi uma sinalização de apoio à Rússia, mas uma forma de destacar a seletividade na comoção relacionada a guerras e mortes pelo mundo.
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“Milhares de pessoas morrem todos os dias no Oriente Médio. Aqueles que ignoram a perseguição lá e não se manifestam fazem essas coisas quando se trata da Europa", declarou.
"Não me senti confortável usando a camiseta porque não foi feita para outros países no Oriente Médio. Se tivesse acontecido o mesmo, minha consciência estaria confortável. Também estou triste que haja guerra em qualquer lugar do mundo. Compartilho a dor de pessoas inocentes”, prosseguiu o jogador.
Comentarista da Al Jazeera é racista: "Refugiados da Ucrânia são prósperos"
Um comentarista da Al Jazeera fez comentários racistas ao falar sobre a fuga de pessoas da Ucrânia. O homem comentava imagens de aglomerações para entrar em um trem que partia para países de fronteira, como a Polônia e Romênia, quando disparou:
“São pessoas prósperas, de classe média, não são refugiados que estão fugindo do Oriente Médio. Eles parecem com qualquer família europeia que mora ao lado de sua casa", disse.
O professor e advogado Thiago Amparo criticou as falas racistas. "O racismo e a ignorância são tão evidentes. 1. Se você foge da guerra, você é refugiado. 2. Vários refugiados podem ser, e muitos são, de classe média em seu país."
Pelo Twitter, a Al Jazeera pediu desculpas: “Um apresentador da @AJEnglish fez comparações injustas entre ucranianos fugindo da guerra e refugiados da região MENA. Os comentários do apresentador foram insensíveis e irresponsáveis. Pedimos desculpas ao nosso público em todo o mundo e a quebra de profissionalismo está sendo tratada."