O jogador bolsonarista Daniel Alves, lateral-direito recém convocado por Tite para a seleção brasileira que vai representar o Brasil na Copa do Catar, virou alvo de inquérito por parte do Ministério Público Federal (MPF).
Ele e o ex-jogador Emerson Sheik são investigados pelo recebimento de R$ 6,2 milhões através de ONGs até então inativas e recém assumidas.
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De acordo com reportagem da Veja, há suspeitas de envolvimento do alto escalão do Ministério da Cidadania e da Secretaria Nacional de Esportes. As denúncias do envolvimento de Daniel Alves e Sheik com as ONGs foram noticiadas pelo jornal Folha de S. no início do abril.
"ONGs de prateleira"
Mesmo sem nenhuma experiência prévia, as entidades conseguiram aprovar no ano passado projetos para a realização de cursos de esporte. A assinatura dos dois convênios só foi possível porque os atletas driblaram exigências legais usando as chamadas "ONGs de prateleira".
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Os benefícios vieram através de emendas parlamentares a pedido de deputados da base do governo. A verba já foi empenhada (reservada no Orçamento), mas ainda não paga.
As tais "ONGs de prateleiras" são usadas para escapar da regra que estabelece a necessidade de as entidades da sociedade civil existirem há pelo menos três anos para firmar acordos com o governo federal.
Essas associações são antigas, sem atividade, e muitas vezes comercializadas a fim de cumprir o prazo exigido pela lei.
Os dois jogadores assumiram os institutos meses antes de apresentarem proposta de convênio ao governo federal. A capacidade técnica deles para a execução de projetos foi comprovada através de feitos da carreira como jogador e imagens suas durante partidas de futebol.