Atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do governo realizarão novas reuniões nesta quinta-feira (6) para discutir os preços dos alimentos.
A alta no valor de gêneros alimentícios é um dos principais fatores que tem puxado a queda acentuada na popularidade de Lula e na aprovação do governo. O presidente estabeleceu a redução do preço dos alimentos como uma de suas prioridades em 2025 e, para isso, vem ouvindo especialistas e representantes do setor produtivo para criar medidas visando tornar a comida mais barata.
Te podría interesar
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), coordenará na parte da manhã uma reunião com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e representantes de outros ministérios. À tarde, Alckmin se reúne com representantes do setor produtivo.
Após as reuniões, os ministros se reunirão com Lula para apresentar ao mandatário sugestões de medidas que podem ser adotadas para reduzir os preços dos alimentos.
Te podría interesar
Otimismo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado, em reunião na última semana com empresários do setor agropecuário, que os preços dos alimentos devem cair nos próximos meses. Segundo o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, a expectativa é de um “bom recuo” devido à safra recorde e à queda do dólar.
"Na reunião com empresários do setor agropecuário, o presidente Lula foi informado que o preço dos alimentos deve ter um bom recuo, por conta da safra recorde prevista e da queda do dólar", anunciou Guimarães nesta terça-feira (4) através das redes sociais.
O IPCA-15 já apontou redução nos preços em fevereiro. Entre os produtos com maior queda estão a batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%). A carne bovina, que já havia ficado 15% mais barata desde dezembro, pode ter nova redução de 10%.
Apesar disso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse após a reunião com os empresários que o governo decidiu "não baixar a guarda" na busca por soluções para evitar a alta nos preços dos alimentos.
A colheita de grãos deve pressionar para baixo os custos da ração animal, barateando também as carnes suína e de frango. Apesar do cenário positivo, o governo seguirá monitorando o mercado para evitar oscilações e garantir que os repasses cheguem ao consumidor.