O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira (6) uma série de medidas do governo federal para conter a alta dos preços dos alimentos. Entre as ações, foi decidido zerar a tarifa de importação para produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.
Durante a coletiva, o vice-presidente destacou que as medidas adotadas não causarão prejuízos aos produtores e trarão benefícios aos consumidores.
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"O governo está abrindo mão de impostos em favor da redução de preços. Nós entendemos que isso não vai prejudicar o produtor brasileiro. Há períodos de preços mais altos e mais baixos. Estamos em um momento em que reduzir o imposto ajuda a diminuir os preços. Essa é uma medida complementar. Não vai prejudicar o produtor, mas vai beneficiar os consumidores", afirmou Geraldo Alckmin.
Confira abaixo os alimentos que terão a tarifa de importação zerada:
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- Azeite: (hoje 9%)
- Milho: (hoje 7,2%)
- Óleo de girassol: (hoje até 9%)
- Sardinha: (hoje 32%)
- Biscoitos: (hoje 16,2%)
- Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)
- Café: (hoje 9%)
- Carnes: (hoje até 10,8%)
- Açúcar: (hoje até 14%)
De acordo com Alckmin, a redução das tarifas vai entrar em vigor nos próximos dias após serem aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou uma série de medidas para fortalecer a segurança alimentar e conter a alta de preços no país. Além da redução de tarifas de alimentos, ele destacou o reforço dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sem entrar em detalhes sobre o plano. A Conab havia solicitado, no mês passado, R$ 737 milhões para recompor seus estoques, que foram significativamente reduzidos nos últimos anos.
Outra prioridade anunciada por Alckmin é o foco na produção de alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra. Segundo ele, os financiamentos subsidiados serão direcionados principalmente para produtores rurais que cultivem itens essenciais, como arroz, feijão e outros produtos que compõem a cesta básica. O objetivo é estimular a produção voltada para o mercado interno, garantindo maior oferta e preços mais acessíveis.
Além disso, o governo pretende acelerar a implementação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Esse sistema, que descentraliza as inspeções sanitárias, permitirá que estados e municípios realizem o trabalho de fiscalização. A meta é ampliar o número de registros no sistema dos atuais 1.550 para 3 mil, agilizando a liberação de produtos como leite, mel, ovos e carnes para comercialização em todo o país.
Segundo Alckmin, essas medidas visam não apenas garantir o abastecimento, mas também reduzir custos e agilizar processos, beneficiando tanto produtores quanto consumidores.