Nesta segunda-feira (24), foi publicada mais uma edição do Boletim Focus projetando os resultados econômicos de 2025. A pesquisa, que ouve analistas ligados ao mercado financeiro, indicou nesta semana destaque para uma leve queda no índice de inflação.
No entanto, a inflação projetada para 2025 saiu de 5,66% para 5,65%, sinalizando que os preços estáveis de janeiro e o resultado das prévias de fevereiro indicam que a inflação não baterá 6% neste ano..
Te podría interesar
Também há expectativa de redução gradual do índice de inflação IGP-M, que saiu da projeção de 5,62% para 5,53%. Apesar de alguns indicadores mostrarem melhora, o cenário segue marcado por incertezas, exigindo atenção aos próximos movimentos da política econômica.
O câmbio apresentou redução, fechando em R$ 5,95/US$, enquanto a expectativa da taxa Selic permaneceu em 15% ao ano, refletindo a continuidade da política monetária restritiva do Banco Central, confirmada na última reunião do Copom.
Te podría interesar
A projeção de crescimento do PIB em 2025 foi revisada para baixo, de 1,99% para 1,98%, indicando pessimismo com o desempenho econômico de Lula.
A balança comercial também teve queda nas expectativas, passando de US$ 76,7 bilhões para US$ 75,4 bilhões. Já o investimento direto no país permaneceu estável em US$ 70 bilhões para 2025.
No front fiscal, a dívida líquida do setor público manteve-se em 65,75% do PIB, enquanto o resultado primário continuou negativo em -0,60% do PIB.
O que é o Boletim Focus
O Boletim Focus é elaborado a partir de pesquisas com analistas do setor financeiro e é considerado um reflexo da opinião predominante no mercado e da chamada Faria Lima, sendo divulgado pelo Banco Central do Brasil.
Nos últimos anos, as previsões do Focus têm se mostrado mais cautelosas em relação ao desempenho da economia sob o governo Lula. Em 2023, por exemplo, o crescimento do PIB surpreendeu ao atingir 2,9%, ultrapassando significativamente a projeção inicial de 0,78%. Um cenário semelhante se repetiu em 2024: enquanto o Focus estimava um avanço de 1,59%, os números oficiais do IBGE apontaram um crescimento de 3%.