De acordo com o relatório de Perspectivas Econômicas Globais do Fundo Monetário Internacional (FMI), que traz projeções econômicas de crescimento para 2025 e 2026, apenas um país europeu parte do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) deve ter crescimento maior que 1% em comparação com as maiores economias do bloco europeu (isto é, Alemanha, França, Itália e Reino Unido).
Por outro lado, dois países menores da Europa tomaram a liderança do bloco e devem ultrapassá-lo no índice esperado de crescimento entre as nações europeias. Nenhum deles integra o G7.
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O país do G7 a crescer numa média superior em relação às demais economias europeias que integram o grupo é o Reino Unido, de acordo com os dados do último relatório do FMI — o crescimento esperado para o Reino Unido é de 1,6% em 2025.
Mas, enquanto o Reino Unido se destaca entre os países europeus que compõem o G7 (grupo formado por Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), a Polônia e a Turquia são os “pequenos players” que ultrapassam os demais países do bloco em projeção de crescimento — com taxas esperadas de, respectivamente, 3,5% e 3,2% para 2026.
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O índice de crescimento esperado se dá sobre o PIB (produto interno produto), que é a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos por um país.
O grupo dos sete teve no Reino Unido a maior parcela de crescimento europeu esperado, em vista dos números parcos dos demais: a França deve crescer apenas 0,8% em 2025 (número que pode aumentar para 1,1% em 2026); a Itália, 0,7% (com 0,9% esperados para 2026) e a Alemanha, apenas 0,3% (mas estima-se um crescimento de 1,1% no ano seguinte).
Já a Polônia se destaca pela maior proporção de crescimento esperada, ultrapassa a média de todas as outras economias europeias — inclusive as maiores.
Acredita-se que a taxa de crescimento prevista pelo FMI para o país, de 3,5% (e de 3,4% na previsão do Banco Mundial), esteja relacionada à modernização de seus investimentos, cujo foco se voltou a projetos de inovação; ao aumento do volume do investimento público em infraestrutura, sobretudo no setor de energia (com a construção da planta eólica offshore Baltica 2 Wind Farm); e ao aumento do consumo privado e do volume de exportações.
Para o Primeiro Ministro polonês, Donald Tusk, 2025 será o "ano do avanço" para a economia da Polônia.
"Depois de se recuperar em 2024, a economia da Polônia deve se expandir a um ritmo mais rápido em 2025", afirma um relatório da Comissão Europeia. "Prevê-se que o crescimento seja apoiado por um forte consumo privado e investimento, enquanto [o aumento das] exportações líquidas deve pesar sobre a economia".
No caso da Turquia, o país anunciou, ainda em 2024, um aumento de até 30% no salário mínimo mensal da população, previsto para 2025 (o salário mínimo, que era de 17.002 liras, passará a ser de 22.104 liras, ou US$ 627).
O presidente Recep Tayyip Erdogan também deseja que o país tenha uma redução definitiva de sua taxa de juros este ano, que havia passado por uma elevação mais drástica em 2021, em meio ao cenário de instabilidade política e altas inflacionárias, com uma moeda frágil.
A longo prazo, no entanto, a Turquia adotou uma estratégia de emissão de títulos de dívida com vencimento de 10 anos; e, em 2024, alcançou o marco de US$ 3,5 bilhões no mercado financeiro com suas operações de venda de títulos.
A classificação do país na S&P Global Ratings, uma das principais agências de classificação de risco de crédito no mundo, passou de 2,7% para 3% em 2025.