O governo federal anunciou que registrou superávit primário de R$ 84,88 bilhões em janeiro, um aumento real de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Esse é o maior saldo positivo para janeiro desde o início da série histórica em 1997, considerando valores nominais.
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Mesmo acima das previsões do mercado, o superávit ficou atrás de 2022 e 2023 quando ajustado pela inflação. O resultado reflete maior arrecadação, impulsionada por tributos sobre combustíveis e aumento do IRPJ e CSLL, além da valorização do dólar sobre o imposto de importação.
As receitas líquidas cresceram 3,7% acima da inflação, enquanto os gastos avançaram 4,4%. O principal impacto veio da Previdência, que subiu 2,4%, e do BPC, que teve alta de 14,8%, devido ao crescimento do número de beneficiários e ao aumento do salário mínimo.
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Mesmo com revisão cadastral do Bolsa Família, despesas obrigatórias subiram 6,3% acima da inflação, puxadas pelos gastos com saúde. Investimentos, que incluem obras públicas, cresceram 73% em termos reais, atingindo R$ 3,2 bilhões no mês.
A previsão para 2025 é de superávit primário de R$ 3,7 bilhões, desconsiderando precatórios. Caso esses pagamentos sejam incluídos, o governo pode fechar o ano com déficit de R$ 44,1 bilhões. O Congresso ainda precisa votar o Orçamento para consolidar essas projeções.