MUITO DINHEIRO

O estado brasileiro que possivelmente tem mais petróleo que Dubai

Reservas são tão promissoras que superariam o “gigante” petroleiro do Oriente Médio, pequeno no tamanho, mas integrante do país que é o 9° maior produtor do recurso no mundo

Créditos: Divulgação/Petrobras
Escrito en ECONOMIA el

A opulência de Dubai salta aos olhos de turistas de todo o planeta. Até pouco tempo, o pequeno emirado que integra os Emirados Árabes Unidos (EAU), sendo o mais rico deles, era uma localidade pouco desenvolvida e perdida em meio ao imenso deserto que cobre a totalidade da Península Arábica. Nas últimas cinco décadas, com a descoberta de petróleo, tudo mudou e os arranha-céus, lojas de grifes e alamedas ultra limpas, recheadas de carrões esportivos dos milionários, tomaram conta de tudo. Isso deveu-se, por óbvio, ao “ouro negro”.

O Brasil também é um grande produtor de petróleo, mas estava até então bem longe dos maiores produtores no ranking mundial. Agora, com as últimas descobertas e sondagens realizadas num pequeno, remoto e pobre estado do país, uma alavancada rumo aos maiores detentores deste recurso energético fóssil está para acontecer. Nós falamos do Amapá, no extremo norte do nosso território.

Os estudos para exploração de reservas na chamada Margem Equatorial revelam que a 500 km da foz do Rio Amazonas, já em mar aberto, bem na direção do Amapá, há jazidas de petróleo maiores que as de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que é o 9° maior produtor desse recurso no mundo. Seriam 10 bilhões de barris de petróleo (7 bilhões já foram confirmados), algo que supera até o dobro dos 4 bilhões de barris que se estima ainda existir no pequeno território árabe que compõe o país de cidades luxuosas.

Um outro indicador que aponta para um futuro promissor do Amapá a partir do momento que o óleo começar a jorrar das reservas que estão no Oceano Atlântico é a vizinha Guiana. Pequenino país pobre em meio à selva, por lá foram encontradas jazidas semelhantes há pouco mais de uma década e sua exploração teve início há alguns anos.

O PIB per capita da Guiana era de menos de US$ 6 mil antes da extração do petróleo. Hoje, com a atividade a todo vapor, essa cifra explodiu para mais de US$ 30 mil, uma revolução que trouxe muitas melhorias na qualidade de vida, nos serviços públicos prestados à população guianense e, sobretudo, à infraestrutura do país, que antes era praticamente inexistente.

Devidamente explorados, os 10 bilhões de barris (ou os 7 bilhões já comprovados) do Amapá têm potencial para revolucionar o estado e o tornar um dos mais ricos e desenvolvidos da federação. Por ora, os estudos seguem, especialmente os de impacto ambiental, com o governo Lula (PT) afirmando que está empenhado, e que fará de tudo, para que exploração seja autorizada o quanto antes.

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