O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (12) durante o evento FII Priority Summit que seu governo não abandonará a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
A polêmica proposta, que deve extrair petróleo na foz oceânica do Rio Amazonas, é rejeitada pelos setores mais ambientalistas do governo.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e Magda Chambriard (presidenta da Petrobrás) defendem a exploração do recurso natural.
Lula também quer que o recurso seja extraído, mas defende também compensação no meio ambiente para evitar os danos da extração petrolífera.
"É importante ter em conta de que nós, quando começarmos a explorar a chamada Margem Equatorial, que eu acho que a gente vai dar um salto extraordinário. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer crescer”, disse Lula durante a abertura do FII Priority Summit.
O evento é uma espécie de 'Davos do Deserto', liderado por investidores sauditas, que também tem interesse nos investimentos petrolíferos e verdes do Brasil.
O presidente ressaltou também que vai fazer investimentos em energias renováveis. "Em um mundo cujas bases econômicas serão revolucionadas pelas transições energética e digital, o Brasil desponta como celeiro de oportunidades. Nossa visão de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, um dos biomas mais importantes do planeta, está alicerçada no potencial da bioeconomia", completa.
"Somos hoje um dos países com a matriz energética mais limpa. 88% de nossa eletricidade provêm de fontes renováveis como a biomassa, a hidrelétrica, a solar e a eólica. Fizemos a opção pelos biocombustíveis há quarenta anos, muito antes que a discussão sobre alternativas a combustíveis fósseis ganhasse tração", adicionou o presidente.