Em entrevista à rádio Diário FM, de Macapá, na manhã desta quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre Gabriel Galípolo, economista que assumiu a Presidência do Banco Central no lugar de Roberto Campos Neto, alçado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL).
O bolsonarista era alvo constante de críticas de Lula pela política que elevou a taxa de juros e pelas críticas veladas ao governo e à economia brasileira.
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"O Roberto Campos foi um cidadão que teve um comportamento anti-Brasil no Banco Central. Era um cara que falava mal do Brasil o tempo inteiro, passa descrédito para os empresários, inclusive no exterior, e foi se comprometendo e aumentando cada vez mais a taxa de juros", afirmou.
Em seguida, Lula justificou os motivos que teriam feito Galípolo, indicado por ele, não baixar imediatamente os juros - e até cumprir medidas já anunciadas pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, de elevar a Selic em 1 ponto até a próxima reunião, em março.
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"Não é possível você imaginar um país do tamanho do Brasil, a economia do tamanho da brasileira, e você dar um cavalo de pau. Um cavalo de pau você dá com um fusquinha, mas não em um navio do tamanho do Brasil em um mar revolto como está o mundo com a democracia e a economia", disse.
Lula, então, afirmou qual seria a estratégia de Galípolo dentro do Banco Central para "ajustar" a taxa de juros.
"Nós temos que ir ajustando as coisas e tenho certeza que o Gabriel Galípolo vai consertar a taxa de juros nesse país. Nós só temos que dar a ele o tempo para fazer as coisas. Ele não poderia entrar e dar um cavalo de pau: 'estamos a 180 km/h e vamos voltar a 80 km/h'. Não. É preciso que vá com cuidado para a gente não dar uma trombada", disse Lula, usando metáfora.
Por fim, o presidente fez uma comparação entre o atual presidente do BC e Campos Neto e elogiou Galípolo, mostrando confiança na atuação dele junto à instituição.
"Eu confio muito. Possivelmente, o Galípolo passará para a História como melhor presidente que o Banco Central já teve. Ele é muito inteligente, muito capaz. E muito brasileiro", concluiu.
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