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Lula justifica Galípolo: “não pode dar um cavalo de pau num mar revolto”

Copom elevou taxa Selic em um ponto percentual em decisão unânime; juros saltaram de 12,25% para 13,25% ao ano

Lula fala durante coletiva no Paláco do Planalto.Créditos: Reprodução de vídeo
Escrito en ECONOMIA el

Durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo aumento da taxa Selic.

Para Lula, Galípolo “não pode dar um cavalo de pau num mar revolto”.

A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) presidida por ele elevou a Selic em um ponto percentual, elevando os juros de 12,25% para 13,25% ao ano.

"O presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau num mar revolto de uma hora para outra. Já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros, pelo outro presidente [Roberto Campos Neto]. E o Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer", disse Lula.

O presidente afirmou ainda: "nós temos consciência de que é preciso ter paciência, eu tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central. Tenho certeza de que ele vai criar condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor."

Indicação de Lula

Galípolo foi indicado para a Presidência do BC por Lula. A decisão do comitê foi unânime, ou seja, os nove diretores votaram no mesmo sentido. Dos nove, sete foram indicados por Lula e os outros dois pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O aumento da Selic em 1 ponto, no entanto, já era esperado, visto que, em ata publicada pelo Banco Central em dezembro de 2024, era indicada a alta anunciada nesta quarta.

No comunicado, o BC afirmou que, "Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião".

CUT condena veentemente

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) soltou nota nesta quarta-feira, condenando de maneira veemente a decisão do Copom.

Segundo a entidade, “não há outra palavra para caracterizar mais este absurdo do que frustração, pois esperávamos que sob o comando de Gabriel Galípolo houvesse uma reversão neste processo”.

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