Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) acerca do desempenho da balança comercial brasileira em 2024 indicam um crescimento expressivo, de 107,7%, nas importações de carros elétricos (que passaram de US$ 767,1 milhões em 2023 para US$ 1,6 bilhão em 2024), e de 85,4% nas importações de carros híbridos (que já somam US$ 2,8 bilhões).
A origem dessas importações é, principalmente, o mercado chinês. A China é responsável por US$ 1,4 bilhão do saldo de importações brasileiras de veículos elétricos, valor que corresponde a até 84% do total. Já para os híbridos, o montante é de 61%.
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Em seguida vêm Alemanha, como segundo maior exportador de carros elétricos para o país, e os EUA, como segundo maior mercado para carros híbridos.
No total acumulado, entre elétricos e híbridos, a China detém 70% de todas as importações, como compila a análise do Poder360.
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O setor é liderado pela gigante BYD, multinacional sediada em Shenzhen, na China, cujos investimentos no mercado brasileiro, em fábricas produtivas e programas de verticalização, foram projetados em cerca de R$ 5,5 bilhões em 2024.
O aumento considerável das importações no setor, mostram os dados do MDIC, contribuiu com um saldo menor da balança comercial do Brasil (a diferença entre o rendimento de exportações e importações).
Os veículos elétricos e híbridos corresponderam, juntos, ao quarto maior volume do fluxo financeiro de transações internacionais em 2024 — isto é, o quarto maior produto de importação, atrás apenas de óleos combustíveis de petróleo (óleos brutos e óleo diesel) e de equipamentos para turborreatores. Foi um avanço de nove posições em relação a 2023, quando estavam em 13° lugar.
De forma geral, a balança comercial do Brasil teve um superávit de US$ 74,552 bi em 2024, o segundo maior da série histórica iniciada em 1997, com uma balança comercial de US$ 337 bi em exportações; e o superávit para 2025 foi projetado entre US$ 60 bi e US$ 80 bi, com até US$ 360 bi em exportações.
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