No mesmo dia em que a inflação de setembro se mostrou menor do que a metade da prevista pelo mercado, o jornal O Globo afirmou que o ministério da Fazenda estava fazendo "matemágica" para furar o arcabouço fiscal, criando um ambiente de instabilidade econômica no país.
Com PIB podendo superar os 3%, inflação abaixo da meta e nivel de emprego recorde, o editorial do jornal segue apostando em um futuro negativo para a economia brasileira.
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Com base neste tipo de aposta, o Banco Central do Brasil apostou em um pico inflacionário e aumentou a taxa básica de juros Selic para 10,75%. A justificativa é conter o possível aumento de preços decorrido do crescimento e da política macroeconômica do governo Lula.
O incremento do índice, porém, causará aumento dos gastos do governo com os títulos da dívida. Apesar de não contar para o déficit primário - que é o estabelecido dentro da meta do arcabouço fiscal -, os juros contam para o déficit nominal, também objeto de preocupação de setores neoliberais da economia.
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"Aumento da Selic vai custar + R$ 15 bi nos juros da dívida pública, 10 vezes mais que o que foi liberado no Orçamento dentro da regra fiscal. Juros sim são pressão fiscal, que a ata do Copom ignora. Alô, O Globo, “matemágica” é submeter o país a isso, com inflação na meta e juros caindo no mundo", provocou Gleisi Hoffmann.
A presidente do PT e deputada federal pelo Paraná tem sido uma voz intensa no combate à política monetária contracionista do Banco Central, ordenada por Roberto Campos Neto, que tem pressionado negativamente o crescimento da economia e os resultados do governo Lula no curto prazo.