ECONOMIA

Inflação em agosto desacelera, fica abaixo do esperado e surpreende mercado

Índice IGP-M da Fundação Getúlio Vargas supera expectativas e mostra estabilidade

Economia mostra crescimento, aumento do nível de emprego e controle da inflaçãoCréditos: Ricardo Stuckert / PR
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O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de agosto de 2024 apresentou uma desaceleração da inflação no comparativo com julho, superando as expectativas do mercado sobre o aumento de preços para o mês.

Enquanto a maioria das previsões indicavam uma taxa de inflação entre 0,3 e 0,66 para agosto, o índice apresentado ficou em 0,29%. Em julho, a inflação registrada foi de 0,61%. 

“Os três índices componentes do IGP-M mostraram desaceleração na transição de julho para agosto. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os principais fatores de queda foram as commodities, como minério de ferro, farelo de soja e feijão. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo alimentação destacou-se com uma queda mais acentuada, influenciada pela boa safra de produtos in natura, superando a redução observada no mês anterior. Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta menos intensa nos custos de mão de obra, resultando em uma menor pressão inflacionária no segmento em agosto", afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.

Entre os destaques em agosto, estão a queda dos alimentos in natura de -7,11%, tarifa de eletricidade residencial (-0,71%) e artigos de higiene pessoal (-0,71%).

A expectativa de alta inflacionária é o grande motivação para manutenção da taxa de juros em altos patamares pelo Banco Central do Brasil.

Com a redução do índice em agosto, o órgão ganha mais espaço para reduzir a alta de juros e aquecer a atividade econômica do país, ponto de conflito entre o atual presidente do banco e o governo federal.