ABAIXO DAS PROJEÇÕES

Efeito Lula: inflação recua a 0,21%, contraria mercado e mostra que presidente está certo

Dados divulgados pelo IBGE mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está desacelerando, diferentemente do que projetava a 'Faria Lima'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Créditos: Washington Costa/MF
Escrito en ECONOMIA el

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados mostram que a inflação de junho recuou a 0,21%, contrariando as projeções do mercado, que esperavam uma inflação de 0,32% para o mês. 

A expectativa é que a inflação ficasse mais alta devido à alta do dólar em meio às críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem fazendo ao Banco Central (BC) e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Os números, entretanto, mostram que o mandatário estava certo ao afirmar que a inflação está caindo e que cairia ainda mais eu seu governo. 

"A inflação está caindo, o salário está aumentando e a renda está crescendo. O consumo voltou a crescer. O emprego voltou a crescer. A melhor política de distribuição de renda do mundo é o crescimento do emprego, o crescimento do salário”, disse Lula no início deste mês. 

"a gente tem obrigação de recolocar a inflação. A reposição inflacionária é obrigação nossa, garantir que o trabalhador vai ter a reposição para recompor o seu poder aquisitivo. Depois, nós decidimos que, quando a economia cresce, é preciso que o resultado desse crescimento seja distribuído com o povo, com 203 milhões de pessoas (…) Nós estabelecemos que a gente vai dar a reposição inflacionária mais a média de crescimento do PIB nos últimos dois anos", havia afirmado o mandatário em maio. 

Inflação desacelerando 

Segundo o IPCA divulgado pelo IBGE, a inflação do país foi de 0,21% em junho, desacelerando em relação ao mês de maio, quando foi de 0,46%. No ano, a alta de preços acumulada é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,23%

O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi Alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.

A expectativa é que, ao final de 2024, a inflação fique abaixo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. 

Confira no gráfico abaixo a variação: 

Divulgação/IBGE